terça-feira, 11 de março de 2014

"CURA E CARIDADE"

"Cada vez que reportamos aos serviços da cura, é justo pensar nos enfermos, que transcendem o quadro da diagnose comum.
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       Enxameiam, aflitos, por toda parte, aguardando medicação.
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       Há os que cambaleiam de fome, a esmolarem doses de alimentação adequada.
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       Há os que tremem desnudos, requisitando a vestimenta em roupa conveniente.
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       Há os que caem desalentados, a esperarem pela injeção do bom-ânimo.
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       Há os que se arrojaram nos tormentos da culpa, rogando tranquilizantes do esquecimento.
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       Há os que se conturbam nas trevas da obsessão a pedirem palavras de luz por drágeas de amor.
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       Há os que choram de saudade nos aposentos do coração, suplicando a bênção do reconforto.
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       Há os que foram mentalmente mutilados por desenganos terríveis, a suspirarem por  recursos de apoio.
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        E há, ainda, aqueles outros que se envenenaram de egoísmo e frieza, desespero e ignorância, exigindo a terapêutica incessante da desculpa incondicional.
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       Auxilia, dessa forma, os doentes, mas não desprezes os doentes da alma, que caminham na Terra aparentemente robustos, carregando enfermidades imanifestas que lhes consomem o pensamento e desfiguram a vida.
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       Todos podemos ser instrumentos do Bem, uns para com os outros.
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       Não esperes que o companheiro se acame prostrado ou febril para estender-lhe esperança e remédio.
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       Auxilia-o, hoje mesmo, sem humilhar ou ferir, de vez que a verdadeira caridade, tanto quanto possível, é tratamento indolor da necessidade humana.
       Os Emissários do Cristo curam os nossos males em divino silêncio.
       Diante dos outros, procedamos nós igualmente assim."
(“Levantar e seguir”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

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