"Amar aos nossos adversários, desde o presente,
ofertando-lhes o coração, em forma de tolerância e trabalho, devotamento e
ternura, é a fórmula exata para a solução dos grandes problemas que tantas
vezes, por invigilância e leviandade, endereçamos, lamentavelmente ao
futuro.
-x-
Lembremo-nos de que ainda ontem, acalentávamos
antipatias e desafetos, cultivando o ódio à feição de serpe no
seio.
Recordemos que semelhantes laços de treva algemavam-nos
o espírito às largas sendas inferiores, impondo-nos reencarnações difíceis e
angustiosas, nos campo de purgação da experiência
terrestre.
Enleiados a eles, renascemos no mundo e porque se nos
retarde o amor, nos testemunhos de paciência e compreensão, somos constrangidos
pela Justiça Perfeita, a recebê-los compulsoriamente nas teias da
consanguinidade, convertendo-se-nos o templo familiar em triste reduto de
sofrimento.
É
assim que, reencarnados, na Terra, quase sempre, acolhemos em forma de entes
amados velhos inimigos, que se origem, no santuário doméstico, em nossos
credores intransigentes.
Surgem por filhos tiranizantes e ingratos, ou parentes
invulneráveis ao nosso melhor carinho, obrigando-nos a mais doloroso acerto,
porque estruturado em suor e pranto, quando o nosso perdão puro e simples
conseguiria fundir a bruma aviltante da crueldade em brisa de
esquecimento.
-x-
Para que não estejamos amanhã em lares metamorfoseados
em pelourinhos, por força dos corações queridos que o resgate transforma em
verdugos e inquisidores de nossos dias, saibamos amar, desde hoje, os que nos
apedrejam ou firam, atormentem e caluniem, porque, em verdade, o mal é apenas
mal para aqueles que o fazem, transmutando-se em bem naqueles que o recolhem
entre a paz do silêncio e a preceda humildade, por saberem que a Vida é sempre
luz de Deus."
(Emmanuel, na obra “Através do Tempo”, Espíritos Diversos/ Francisco Cândido Xavier)
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