quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"ACONSELHAR"


“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.” – Paulo – Tito: - 3 – 10 


          "O ato de aconselhar tem a sua época própria, à maneira de todas as cousas.
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          Muitos aprendizes costumam esquecer que se encontram no mundo em serviço de retificação do pretérito  e de autoiluminação, estacionando em falsos caminhos.
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          Insistentemente consultados, não percebem a trama útil que lhes detém os passos e, quando não regressam à vigilância, vão olvidando inconscientemente a si mesmos.
-o-
          A preguiça sempre se orgulhou de encontrar uma advogada na complacência fácil.
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          E conferindo-lhe posição de superioridade, nela se apoia para a dilatação de todos os erros.
-o-
          A primeira deseja uma companhia para os maus caminhos; a segunda aprova, em vista da falsa situação de destaque em que foi colocada.
-o-
          Daí o veneno sutil da ociosidade que sempre busca os conselhos de sua mentora, para fazer, em seguida, às ocultas, o que bem entende, voltando sempre a se aconselhar novamente.
-o-
          Reportando-nos ao ensinamento de Paulo, não queremos dizer que a rebeldia ou a ignorância devam ser sumariamente condenadas, quando a própria heresia, tem, por vezes, a sua tarefa.
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          Elas merecem uma ou outra admoestação, devem ser credoras de nossa atividade fraternal, mas passando o tempo em que nosso concurso era suscetível de lhes restaurar as estradas, não será justo dar-lhes força para a irreflexão.
-o-
          Temos, igualmente, o nosso roteiro e as nossas experiências.
          Estacionar com elas na falsa atitude de conselheiros seria desempenhar o papel da complacência frente à ociosidade criminosa."
(“Levantar e seguir”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

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