terça-feira, 25 de setembro de 2012

"DEVERES DOS FILHOS"



            "Toda a gratidão sequer retribuirá a fortuna da oportunidade fruída através do renascimento carnal.
            O carinho e respeito contínuos não representarão oferenda compatível com a amorosa assistência recebida desde antes do berço.
            A delicadeza e a afeição não corresponderão à grandeza dos gestos de sacrifício e da abnegação demoradamente recebidos...
            Os filhos têm deveres intransferíveis para com os pais, instrumentos de Deus para o trâmite da experiência carnal, mediante a qual o Espírito adquire patrimônios superiores, resgata insucessos e comprometimentos perturbadores.
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            Existem genitores que apenas procriam, fugindo à responsabilidade.
            Não compete, porém, aos filhos com severidade, desde que não são dotados da necessária  lucidez e correção para esse fim.
            Se fracassaram no sagrado ministério, não se furtarão à consciência, em forma da presença da culpa neles gravada.
            Auxiliá-los por todos os meios ao alcance é mister indeclinável, que o filho deve ofertar com extremos de devotamento e renúncias.
            A ingratidão dos filhos para com os pais é dos mais graves enganos a que se pode permitir o Espírito na sua marcha ascensional.
            A irresponsabilidade dos progenitores de forma alguma justifica a falência dos deveres morais por parte da prole.
            Ninguém se vincula a outrem através dos vigorosos liames do corpo somático, da família, sem justas, poderosas razões.
            Desincumbir-se das tarefas relevantes que o amor e o reconhecimento impõem — eis o impositivo que ninguém pode julgar lícito postergar.
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            Ama e respeita em teus genitores a humana manifestação da paternidade divina.
            Quando fortes, sê-lhes a companhia e a jovialidade; quando fracos, a proteção e o socorro.
            Enquanto sadios, presenteia-os com a alegria e a consideração; se enfermos, com a assistência dedicada e a sustentação preciosa.
            Em qualquer situação ou circunstância, na maturidade e na velhice, afeiçoa-te àqueles que te ofertaram o corpo de que te serves para os cometimentos da evolução, como o mínimo que podes dispensar-lhes, expressando o dever de que te encontras investido."
(“Leis morais da vida”, Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)

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