domingo, 31 de julho de 2011

"QUEM LÊ, ATENDA"

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

"Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra
em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com
referência aos frutos do pensamento.
Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo,
destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a
indiferença pelas obrigações mais justas.
Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de
observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da
letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e
perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de
ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades
emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade."
("Vinha de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

sábado, 30 de julho de 2011

"CONSEGUES IR?"

“Vinde a mim – Jesus. (Mateus, 11:28.)

"O crente escuta o apelo do Mestre, anotando abençoadas consolações.
O doutrinador repete-o para comunicar vibrações de conforto espiritual aos ouvintes.
Todos ouvem as palavras do Cristo, as quais insistem para que a mente inquieta e o coração atormentado lhe procurem o
regaço refrigerante...
Contudo, se é fácil ouvir e repetir o “vinde a mim” do Senhor, quão difícil é “ir para Ele”!
Aqui, as palavras do Mestre se derramam por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da conveniência imediatista são demasiado
fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é
quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais, aparentemente inadiáveis.
Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com ele, a vida enriquecer-se-á de valores imperecíveis
e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal...
Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia.
Em suma, é muito doce escutar o “vinde a mim...
Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?"
("Fonte Viva", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

DANO E DOR SEM NOME

A fonte desta mensagem encontrá-la-ão
"Quem perde a mãe é órfão, quem perde o marido é viúva, mas quem perde um filho?"

"No avião, aquele senhor mais parecendo um artista com seus cabelos brancos, perguntou-me sobre a minha atividade profissional. Informei que era professor na faculdade de medicina e atendia a um convite feito pelo Ministério da Saúde. Disse-me, então, que era Juiz de Direito, mas que a minha responsabilidade era maior. Explicou-me que o juiz pode errar e prejudicar uma pessoa, mas o professor, se for negligente, poderá causar dano em muitas mentes.

Calou-me fundo o comentário e hoje dele me recordo, diante da menina e da administração venosa de vaselina líquida, no lugar da solução salina isotônica. Quem fora seu professor?

Todo ser humano deve se beneficiar dos padrões éticos de maior nível nas ciências biomédicas. Que prova-provação difícil para a mãe ver a filha agonizando e pedindo para que não a deixasse morrer!

Para o Conselho de Enfermagem a semelhança entre os frascos de vaselina líquida, que foi colocada no lugar do soro não justifica erro. “Não é possível confundir quando isso está sendo feito por um profissional devidamente capacitado, qualificado e preparado para aquele procedimento”, disse o membro do Conselho.

Tenho conversado, por e-mail, com uma pessoa que perdeu o filho. Uma carta está no Jornal dos Espíritos (1) A mãe lamenta que o Chico Xavier não esteja mais junto de nós psicografando para aliviar as dores extenuantes, difíceis até de nomear.

Será que podemos pensar a fatalidade venosa utilizando três palavras: imprudência, negligência e imperícia?

Vamos ao dicionário. “Imprudência, em termos jurídicos é a inobservância das precauções necessárias. É uma das causas de imputação de culpa previstas na lei. Negligência é falta de atenção, inobservância e descuido no agir. Já a imperícia é falta de habilidade ou experiência reputada necessária para a realização de certas atividades e cuja ausência, por parte do agente, o faz responsável pelos danos ou ilícitos penais advenientes.”

No avião, o que teria dito aquele Juiz de Direito?

O comentário daquele profissional me fez transitar entre a responsabilidade social do cientista e a do docente na universidade. Tentando me antecipar (2) escrevi artigo dirigido aos “da saúde”. “O fornecedor de serviços responde, independente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços.”

O hospital, ao fornecer serviços de saúde médico-hospitalares, está sujeito às normas do Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8078/90). A relação jurídica estabelecida com os seus pacientes é contratual, legítima relação de consumo, com as conseqüências legais decorrentes. As atividades complementares, ao atendimento do paciente, também ficam protegidas pelo manto deste contrato. Entre elas está o serviço de enfermagem. Vamos recordar que a obrigação incluída neste contrato do hospital é de meios e não de resultados. No entanto, a assistência médica deve ser a mais adequada possível, devendo dispor de pessoal competente, nos procedimentos oferecidos aos seus pacientes nos atendimentos, uma vez que no contrato está implícita a cláusula de incolumidade, que tem característica de uma obrigação de resultados.

Neste artigo (2), as palavras-chave foram erro biomédico, Microbiologia Médica, Bioética e Biodireito. Poderia agora acrescentar a prudência, a diligência e a perícia, sempre estimuladas na educação continuada. Melhores serão os resultados, da equipe de saúde, se estivermos diante de profissionais apresentando mestria, qualidade de perito e profundo respeito pela pessoa. Pessoa é o indivíduo na sua dimensão ética, o valor fonte de todos os valores. “A educação da alma é a alma da educação”, psicografou o médium Chico Xavier. Nos fundamentos do Estado Democrático de Direito (CRFB/88, Artigo 1º) vamos encontrar a “dignidade da pessoa humana”. Ao titular desse direito e razão de ser da própria existência, acresce-se o direito à vida, sem o qual a pessoa humana seria inconcebível. O “Rei” cantou: “A vida é amiga da arte”. “Eu vi muitos cabelos brancos na face do artista.”

Abençoadas as cartas do artista da mediunidade(3), aquele que festejamos seu centenário. Com elas, aquelas mães, potencialmente suicidas, puderam perceber que a morte do corpo não mata a vida. Seu filho é imortal! Mãe, aceita a prova, mas não precisa passar com dez. Estamos juntos!"

VEJA O FILME, SOBRE AS CARTAS DO CHICO

"ANSIEDADES"

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” – (1ª Epístola a Pedro, 5:7.)

"As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra.
Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si.
Opondo-se às inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano.
Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.
Se a criatura refletisse mais sensatamente reconheceria o conteúdo de serviço que os momentos de cada dia lhe podem oferecer
e saberia vigiar, com acentuado valor, os patrimônios próprios.
Indubitável que as paisagens se modificarão incessantemente, compelindo-nos a enfrentar surpresas desagradáveis, decorrentes
de nossa atitude inadequada, na alegria ou na dor; contudo, representa impositivo da lei a nossa obrigação de prosseguir diariamente, na direção do bem.
A ansiedade tentará violentar corações generosos, porque as
estradas terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil; entretanto, não nos esqueçamos da receita de Pedro.
Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós.
Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a união com os planos superiores,insistir por sintonizar-se com as esferas mais altas. Não olvides, porém, que a ansiedade precede sempre a ação de cair."
("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"ANTES DE SERVIR"



“Bem como o Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir.” – Jesus. (Mateus, 20:28.)


"Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem
guardados. A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza
absoluta.
Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas
servem a seu tempo.
A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas,
prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores
da Natureza.
Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos.
Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem
calçando os caminhos.
O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada
objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço
digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de
servir. Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia
e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos
semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da moradia
terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do
bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores
do Patrimônio Universal.
Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando. Examinemos
a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos
com o Mestre a felicidade de servir santamente.
Podes começar hoje mesmo.
Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos
de início. Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a
colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na
edificação moral de teus irmãos."
("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

"CONFORTO"

“Se alguém me serve, siga-me.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 12,versículo 26.)


"Freqüentemente, as organizações religiosas e mormente as espiritistas, na

atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.

De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do

Consolador Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para o

pensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais

duros.

No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém

confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...

Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como

recebê-lo, se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania

impetuosa que sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?

Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa,

mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como

o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares

onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras.

Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de

conforto. Isso é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão

servindo ao Mestre e seguindo-o. O Cristo nunca faltou às suas promessas.

Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, fazse

necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de

Jesus, nas pedras deste mundo."

("Caminho, Verdade e Vida", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"O TEMPO"

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo.
(ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)


"A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que
a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante
presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos
gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita
na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu
aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver
sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito
raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as
fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar,
nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando
possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é
muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”,
para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das
reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e
destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista
da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da
oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos
séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor."
("Caminho, Verdade e Vida", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"TESTE DO PROCESSO DESOBSESSIVO"


"Verifique você:
se já consegue dispensar aos outros o tratamento que desejaria receber;
se adia a execução das próprias tarefas;
se reconhece que toda criatura humana é imperfeita quanto nós mesmos e que, por isso, não nos será lícito exigir do próximo testemunhos de santidade e grandeza na passarela do mundo;
se guarda fidelidade aos compromissos assumidos;
se cultiva a pontualidade;
se evita contrair débitos;
se orienta conversação sem perguntas desnecessárias;
se acolhe construtivamente as críticas de que se faz objeto;
se fala auxiliando ou agredindo a quem ouve;
se conserva ressentimentos;
se sabe atrair amigos e alimentar afeições;
se mantém um autocontrole, na vida emotiva, como base de sua dieta mental.
Todos nós, os Espíritos em evolução na Terra, temos a nossa quota de obsessão, em maior ou menor grau. E todos estamos trabalhando pela própria libertação. À vista disso, de quando a quando, é sumamente importante façamos um teste de nosso processo desobsessivo, a fim de que cada um de nós observe, em particular, como vai indo o seu."

(André Luiz, na obra “Paz e Renovação”, Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"NÃO TE DETENHAS"

        "A calúnia afetou o teu comportamento, desanimando-te, porque lhe deste ouvido.
*
        A maledicência causou-te danos porque lhe permitiste consideração.
*
        A perturbação alcançou os teus ideais, porque fizeste uma pausa para conceder-lhe cidadania.
*
        O ódio te macerou, porque o agasalhaste no amor-próprio ferido.
*
        A disputa desgostou-te o trabalho, porque te permitiste engalfinhar na peleja imprópria.
*
        A dúvida se estabeleceu em teus painéis mentais, porque paraste na ação, perdendo tempo de alto valor.
*
        Os acusadores estão sempre em faixa inferior de vibração.
        Concedeste-lhes atenção demasiada, esperando que a opinião geral fosse a teu favor e descuraste de auscultar a opinião de Deus.
*
        Se trabalhas no bem e te acusam; se és generoso e te denominam estroina; se és humilde e te chamam  parvo; se és disciplinado
e te apontam como rigoroso; se és cumpridor dos deveres e te execram por isso; se insistes na prece e na ação evangélica, e te
menosprezam, esta é a opinião dos ociosos e dos fiscais da vida alheia, no entanto, não é o conceito que de ti faz o Pai de Misericórdia.
*
        Não te detenhas.
        Não te deixes afligir pelas opiniões desencontradas que te chegam, gerando sombra ou tumulto.
*
        Acata as sugestões que conclamam à ordem, que inspiram a paz e fomentam o progresso, sem extravagância nem acusação.
        Sempre houve e haverá aqueles que produzem e aqueloutros que apenas opinam, acusam e perseguem.
        Todos passam, mas a obra dos realizadores  permanece, desafiadora, tempos a fora, felicitando as vidas em nome do Bem."
(“Viver e Amar”, Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)

terça-feira, 26 de julho de 2011

"AJA COM ACERTO"

"O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal,
apegai-vos ao bem."
(Paulo - Romanos - 12:9)

"Se alguém o magoou, liberte-se do lixo da ofensa.
Se alguém o perseguiu, exima-se do desejo da reparação.
Se alguém o desgostou, esqueça a decepção.
Se alguém o mortificou, abandone o sofrimento que lhe foi infligido.
Se alguém o desrespeitou, supere a situação.
Se alguém o injustiçou, sobreponha a esperança no amanhã.
Se alguém atentou contra os seus valores mais queridos, libere-se da lembrança amarga.
Se alguém se compraz em martirizá-lo, não vitalize a má vontade ou a revolta para com ele.
Em todas essas circunstâncias relacionadas, você desfruta de posição melhor, porquanto, infeliz, é todo aquele que
inquieta e aflige, persegue e malsina, pois somente alguém profundamente desditoso se sentirá induzido a esparzir
ruína ou a azorragar outrem.
Não perca o ensejo de evoluir, descendo ao adversário gratuito mediante a inditosa sintonia com os petardos com
que ele o alcançou.
O mal que nos fazem somente nos fará mal se revidarmos, tornando-nos maus, a nosso turno iguais ao agressor.
Atingido por qualquer tipo de infortúnio, converta a pedra da ofensa em diamante de bênçãos e tome-o como
inestimável bem para a sua dita pessoal.
Aja, pois, com acerto."
(“Momentos de Decisão”, Marco Prisco/Divaldo Pereira Franco)

domingo, 24 de julho de 2011

Reconforto

"Muitas vezes, também, durante o sono, as Almas terrestres, atraídas por suas irmãs mais adiantadas, lançam-se com força para
as alturas do Espaço, para se impregnarem dos fluidos vivificantes da pátria eterna. Ali, Espíritos amigos as cercam e as exortam,
reconfortam e acalmam as suas angústias; em seguida, extinguindo pouco a pouco a luz em torno delas, a fim de que as pungentes
lamentações da separação não as acabrunhem, elas as reconduzem às fronteiras dos mundos inferiores. Seu despertar é melancólico,
mas agradável, e, embora esquecidas de sua passagem pelas altas regiões, sentem-se elas reconfortadas e retomam mais alegremente
os encargos de sua existência neste mundo."
("O Grande Enigma", Léon Denis)

Esperança

"...A Alma humana só pode realmente progredir na vida coletiva, trabalhando em benefício de todos.

Uma das conseqüências dessa solidariedade que nos liga é que a vista dos sofrimentos de alguns perturba e altera a serenidade de outros.


Assim, é preocupação constante dos Espíritos elevados levar às regiões obscuras, às Almas retardadas nos caminhos da paixão e do erro, as irradiações do seu pensamento e os transportes do seu amor. Nenhuma Alma pode perder-se; se todas tiverem sofrido, todas serão salvas. No meio de suas provas dolorosas, a piedade e o afeto de suas irmãs as enlaçam e as arrastam para Deus.

Como compreender, com efeito, que os Espíritos radiosos possam esquecer aqueles que outrora amaram, aqueles que partilharam suas alegrias, suas preocupações, e pensam ainda nas
sendas terrestres? A queixa dos que sofrem, dos que o destino encadeia ainda aos mundos atrasados, chega até eles e suscita a sua generosa compaixão. Quando um desses apelos atravessa o Espaço, eles deixam as moradas etéreas para derramar os tesouros de sua Caridade nos escuros sulcos dos mundos materiais. Qual vibrações de luz, os transportes do seu amor se propagam na extensão, levando o consolo aos corações entristecidos, vertendo sobre as chagas humanas o bálsamo da Esperança..."
("O Grande Enigma", Léon Denis)

A tarefa


"A tarefa que cada um tem a realizar resume-se em três palavras: saber, crer, querer – isto é, saber que temos reconditos e inatos recursos incalculáveis; crer na eficiência de nossa ação sobre os dois mundos, o da Matéria e o do Espírito; querer o Bem, dirigindo o nosso pensamento para o que é belo e grandioso, conformando as nossas ações com as leis eternas do trabalho, da justiça e do amor.


Vindas de Deus, todas as Almas sao irmãs; todos os filhos da raça humana sao unidos por laços estreitos de fraternidade e solidariedade. E porque os progressos de cada um são sentidos por todos, os rebaixamentos de um só afetam o conjunto."
("O Grande Enigma", Léon Denis)

A procura de Deus


"Não procures Deus nos templos de pedra e de mármore, o homem que o queres conhecer, e sim no templo eterno da Natureza, no espetaculo dos mundos a percorrer o Infinito, nos esplendores da vida que se expande em sua superfície, na vista dos horizontes variados: planícies, vales, montanhas e mares que a tua morada terrestre te oferece. Por toda parte, a luz brilhante do dia ou sob o manto constelado das noites, a margem dos oceanos tumultuosos, e assim na solidão das florestas, se te sabes recolher, ouvirás as vozes da Natureza e os sutis ensinamentos que murmuram ao ouvido daqueles que frequentam suas solidões e estudam seus mistérios."
("O Grande Enigma", Léon Denis)

sábado, 23 de julho de 2011

"SEDATIVO"

  "... Em toda situação insegura, arrima-te à confiança em Deus, amparando aos que te rodeiam..."

"É possível te encontres sob impacto de aflitiva agitação.
Pacifica e serve.
Espera e trabalha.
Se dificuldades te espantam, eis chega a hora da fé ativa, requisitando-te mais apoio em favor dos outros.
Se provações desabaram no caminho, terá soado o instante da paciência.
Surgiram companheiros incompreensivos...
Estarão em erro.
Viste irmãos desinformados...
Necessitam eles de esclarecimento na luz da tolerância.
Despontam acusadores...
Precisam de assistência fraterna.
Destacam-se aqueles outros que envenenam circunstâncias e pessoas, quando a mente se lhes mergulha em desequilíbrio...
São doentes, aguardando medicação.
Em toda situação insegura, arrima-te à confiança em Deus, amparando aos que te rodeiam.
E à frente de todos os que, porventura, te buscam tirar a serenidade, criando problemas e conflitos, matricula-te, pela imagem, na tua enfermaria de silêncio, e oferece-lhe o sedativo da oração."
(“Amizade”, Meimei/de Francisco Cândido Xavier)

"ESPERANDO POR TI"


Cap. XII – Item 8



"Antes de pronunciares a frase amarga que te explode no coração,

tentando romper as barreiras da boca, pensa na bondade de
Deus, que te envolve por toda parte.
A Natureza é colo de mãe expectante...
Assemelha-se a luz celeste ao olhar do próprio amor que te ergue,
às ocultas, e o ar que respiras é assim como o sopro da ternura
de alguém, a estender-te alimento invisível.
Tudo serve em silêncio, esperando por ti.
Abre-se a via pública, aos teus pés, à feição de amistoso convite,
a água pura está pronta a mitigar-te a sede, o livro nobre aguarda
o toque de tuas mãos para consolar-te, e o fruto, pendendo da
árvore, roga, humilde, que o recolhas.
Pensa na bondade de Deus e não digas a palavra que desencoraje
ou amaldiçoe.
Cala-te, onde não possas auxiliar.
Deixa que tua alma se enterneça, ajudando nas construções do
Bem Eterno, que tudo nos dá, sem nada exigir.
E compreenderás, então, que Deus te oferece a vida por Divina
Sinfonia e que essa Divina Sinfonia pede que lhe dês também tua
nota."
(Meimei, na obra  "O Espírito da Verdade", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

"1. O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. - Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. -Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, - disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. - Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. - Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? - É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha. Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. - Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. - Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. -Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, - dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor..
Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. - Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (MATEUS, cap. XX, . 1 a 16)"
("O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo XX - "Os trabalhadores da última hora")

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"OUTRO DIA"

"Afirmas, coração, que tudo te falhou:
Felicidade, amor, confiança, promessa...
Rogas socorro e amparo de alma opressa
Para esquecer o fel que te agonia!...
Recordemos, no entanto, a natureza,
Tudo espera por Deus: o céu, a vida, o solo,
Ante a luz matinal que aclama, polo a polo:
- Outro dia, outro dia!...

Calamidades surgem...Terremotos
Lançam em torvo abismo as obras do homem,
Não se enumera as glórias que consomem
Na desordem sombria!...
Passada a convulsão, a gleba se renova,
E, enquanto ouves canções de tratores e enxadas,
Dizem rosas nas sebes orvalhadas:
- Outro dia, outro dia!...

Pensa no campo, à noite, em tempestade,
Verga-se a planta em furacão violento,
A galharia estala em desalento,
Mas o tronco porfia...
Garante os ninhos frágeis que agasalha
E, quando a aurora se desencastela,
Entoa a passarada a oração doce e bela:
- Outro dia, outro dia!...

Cai pesada barranca sobre a fonte,
Enodoa-lhe a face alegre e pura...
A fonte acolhe e abraça a lama escura
Que a deslustra e injuria,
Vence, calma, o tropeço que a constrange
E em vez de revoltar-se, agitando a corrente,
Trabalha e canta em paz, seguindo para a frente:
- Outro dia, outro dia!...


Assim no mundo, coração cansado,
Se a dor te busca, amargurosa e austera,
Nunca te desanimes!...Sofre, espera,
Lua, serve, confia!...
E escutarás na fé que te abençoa,
Sem que a palavra humana logre formulá-la,
A eterna voz de Deus que te levanta e fala:
- Outro dia, outro dia!..."


(Maria Dolores, na obra "Notícias do Além", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"ESSE ALGUÉM"

"E suportas, sem pausa, alma querida,
Doença, inquietação, infortúnio, tristeza,
No imenso desencanto da alma presa
No grande espinheiral de ansiedade e de dor...
Ninguém entende as lágrimas que choras,
Pois em tudo de bom que o mundo te oferece,
Retiras tão somente o socorro da prece,
Por doação de paz, no Céu, em teu favor.

Na vastidão da noite, entregue ao pensamento,
O silêncio é uma farpa em que te cortas...
Ajuntas esperanças semimortas,
Sem que a memória as possa carregar...
Onde os teus sonhos? Onde os teus projetos?
Todos se foram sob a ventania
Da provação que ruge e rodopia,
Extinguindo o prazer e deixando o pesar.

Entretanto, não temas. Luta e segue...
Alguém te escuta e vê a presença sofrida,
Resguardando-te a fé e amparando-te a vida,
Doando-te consolo, paz e luz.
Chora, sem atirar-te ao desespero,
Tolera a própria dor, por mais estranha,
No apoio desse alguém que te acompanha,
Que esse alguém é Jesus."

("Alma e Vida", Maria Dolores/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"EM TI MESMO"


"Tens fé? Tem-na em ti mesmo, diante de Deus"
Paulo (Romanos, 14:22) 



"No mecanismo das realizações diárias, não é possível esquecer a criatura aquela expressão de confiança em si mesma, e que deve manter na esfera das obrigações que tem de cumprir à face de Deus.

Os que vivem na certeza das promessas divinas são os que guardam a fé no poder relativo que lhes foi confiado e, aumentando-o pelo próprio esforço, prosseguem nas edificações definitivas, com vistas à eternidade.

Os que, no entanto, permanecem desalentados quanto às suas possibilidades, esperando em promessas humanas, dão a ideia de fragmentos de cortiça; sem finalidades própria, ao sabor das águas, sem roteiro e sem ancoradouro.

Naturalmente, ninguém poderá viver na Terra sem confiar em alguém de seu círculo mais próximo; mas, a afeição, o laço amigo, o calor das dedicações elevadas não podem excluir a confiança em si mesmo, diante do Criador.

Na esfera de cada criatura, Deus pode tudo; não dispensa, porém, a cooperação, a vontade e a confiança do filho para realizar. Um pai que fizesse, mecanicamente, o quadro de felicidades dos seus descendentes, exterminaria, em cada um, as faculdades mais brilhantes.

Por que te manterás indeciso, se o Senhor te conferiu este ou aquele trabalho justo? Faze-o retamente, porque se Deus tem confiança em ti para alguma coisa, deves confiar em ti mesmo, diante dEle."

(“Caminho, Verdade e Vida”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 19 de julho de 2011

"DIRETRIZ"


"Observa,
Cada manhã é um novo dia.
Renasceste.
Saíste, mais uma vez, da nebulosa.
Deus te renovou o pensamento no cérebro aceso.
Retomaste a presença da luz.
O tempo te pertence.
Podes idear, criar, analisar.
Despertaste junto dos outros.
Tens o dom de servir.
Aceita a bênção de entender e a felicidade de trabalhar.
Reinicia a tarefa, estampando um sorriso em tuas páginas de bondade.
Coloca otimismo e paz, esperança e alegria em tua lista de doações para hoje.
Age agora para o bem.
Se mágoas te ontem ainda te pesam na alma, procura esquecê-las.
Se ofendeste a alguém, dispõe-te a sanar a falta cometida.
Se alguém te feriu, perdoa sem condições.
Olha os quadros em torno.
A vida te busca.
A oficina da oportunidade te abre as portas.
Escolhe fazer o melhor que puderes.
Sai de ti mesmo.
E segue adiante para amar, auxiliar, construir e compreender, porque Deus espera por ti."
("Amizade", Meimei/Francisco Cândido Xavier)

domingo, 17 de julho de 2011

"TEU CONCURSO"

"Como livres e não tendo a liberdade por cobertura de malícia,
mas como servos de Deus". Pedro (I PEDRO, 2:16.)
"Observa o amparo de Deus, constantemente ao redor de teus passos, mas, muito
especialmente, quando inibição ou esgotamento te espreitam.
Supunhas-te incapaz de suportar, valorosamente, determinada mudança na própria vida;
entretanto, acolheste com paciência o impositivo da transformação necessária e uma
força imponderável te restituiu a paz com o desejo de tarefas mais amplas na edificação
da própria felicidade.
Julgavas-te sem recursos para resolver certo problema; no entanto, permaneceste firme
no exato desempenho dos compromissos que o mundo te deu e, sem que percebesses,
agentes invisíveis te apagaram as preocupações, afastando a questão que te
apoquentava.
Temias a impossibilidade de atender a obrigações que inesperados acontecimentos te
impuseram e que se te figuraram sumamente difíceis; todavia, foste fiel ao trabalho que a
existência te confiou e escoras intangíveis te sustentaram para desempenhá-las,
investindo-te na alegria da consciência que preside as vitórias do coração.
Receavas versar esse ou aquele tema edificante em público, acreditando-te sem
possibilidades para tanto; contudo, aceitaste o dever de falar por amor aos companheiros
da Humanidade e o auxilio espiritual te brilhou no pensamento e no verbo, facultando-te o
conforto de transmitir esperança e paz, a benefício do próximo, pelos fios da inspiração.
Certifica-te, desse modo, quão importante se faz a tua parte nessa ou naquela realização,
perante a vida.
A Providência Divina te concede meios, acima de tuas forças, a fim de que colabores na
construção do bem de todos, por livre vontade e não de espírito escravizado ao jugo das
circunstâncias.
Em síntese, Deus te ajuda para que te ajudes, e dar-te-á sempre o auxilio máximo, desde
que não faltes com o teu concurso no desenvolvimento e no aperfeiçoamento da Obra da
Criação, pelo menos com o mínimo do que sabes, podes e deves fazer."
("Segue-me", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"NOVO DESPERTAR"

        "(...)Por agora, os raios de tua boa vontade brilharão nas horas culminantes da fé, pela concentração de poderes espirituais na prece; todavia, à medida que te recolhas no exercício legítimo do amor cristão, em demonstrações genuínas de entendimento do Evangelho sentido, vivido e aplicado, controlarás tua capacidade irradiante, segundo os ditames da própria alma!
        Ama sem paixão, espera sem angústia, trabalha sem expectativa de recompensa, serve a todos sem perguntar, aprende as lições da vida sem revolta, humilha-te sem ruído ante os desígnios superiores, renuncia aos teus próprios desejos, sem lágrimas tempestuosas, e a vontade justa e compassiva do Pai iluminar-te-á constantemente o coração fraterno e o caminho redentor!
        Ora, vigia, movimenta-te no esforço digno e sê feliz, meu amigo! A tua luz crescerá com a dilatação de teu devotamento ao Bem Infinito.(...)”

(“Voltei”, Irmão Jacob/ Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"A LÍNGUA"

“A língua também é um fogo.” - Tiago, 3:6.

"A desídia das criaturas justifica as amargas considerações de Tiago, em sua epístola às comunidades do cristianismo.
O início de todas as hecatombes no Planeta localiza-se, quase sempre, no mau uso da língua.
Ela está posta, entre os membros, qual leme de embarcação poderosa, segunda lembra o grande apóstolo de Jerusalém. Em sua potencialidade, permanecem sagrados recursos de criar, tanto quanto o leme de proporções reduzidas foi instalado para conduzir.
A língua guarda a centelha divina do verbo, mas o homem, de modo geral, costuma
desviá-la de sua função grandiosa, para o pântano de cogitações subalternas, e aí temos como fonte de quase todos os desvarios da humanidade sofredora, cristalizada em propósitos mesquinhos, a mingua de humildade e amor.
A guerra nasce da linguagem dos interesses criminosos, insatisfeitos. As grandes
tragédias sociais se originam, da linguagem dos sentimentos inferiores.
Poucas vezes a língua do homem há consolado e edificado aos seus irmãos; notemos,porém, que a sua disposição é sempre ativa para excitar, disputar, deprimir, enxovalhar, acusar e ferir desapiedadamente.
O discípulo sincero encontra nos apontamentos de Tiago uma tese brilhante para todas as suas experiências. E, quando chegue a noite de cada dia, é justo interrogue a si mesmo: – “Terei hoje utilizado a minha língua, como Jesus utilizou a dele?”
("Segue-me", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"OBSESSÕES"


“...e não nos deixei cair em tentação mas livra-nos do mal”

– Jesus (Mateus, 6:13).


"Nem sempre conseguimos perceber.

Os processos obsessivos, vastas vezes, porém, principiam de bagatelas:

O olhar de desconfiança...

Um grito de cólera...

Uma frase pejorativa...

A ponta de sarcasmo...

O momento de irritação...

A tristeza sem motivo...

O instante de impaciência...

A indisposição descontrolada...

Estabelecida a ligação com as sombras por semelhantes tomadas de invigilância, eis que surgem as grandes brechas na organização da vida ou na moradia da alma:

A desarmonia em casa...

A discórdia no grupo da ação...

O fogo da crítica...

O veneno da queixa...

A doença imaginária...

A rede da intriga...

A treva do ressentimento...

A discussão infeliz...

O afastamento de companheiros...

A rixa sem propósito...

As obsessões que envolvem individualidades e equipes quase sempre partem de
inconveniências pequeninas que devem ser evitadas, qual se procede com o minúsculo foco de infecção. Para isso, dispomos todos de recursos infalíveis, quais sejam:a dieta do silêncio, a vacina da tolerância, o detergente do trabalho e o anti-séptico da oração."

("Segue-me", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"O FARDO"

"Cada qual levará a sua própria carga." - Paulo, (Gálatas, 6:5)

"Quando a ilusão te fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo excessivo e injusto, recorda que não segues sozinho ao grande roteiro.
Cada qual tolera a carga que lhe é própria.
Fardos existem de todos os tamanhos e de todos os feitios.
A responsabilidade do legislador.
A tortura do sacerdote.
A expectativa do coração materno.
A indigência do enfermo desamparado.
O pavor da criança sem ninguém.
As chagas do corpo abatido.
Aprende a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que te não suponhas vítima ou herói num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.
Suporta o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha.
Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.
Do cascalho pesado emerge o diamante.
Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.
Dirás, talvez, impulsivamente: - "E o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito e o gozador indiferente? carregarão, porventura, alguma carga nos ombros."
Responderemos, no entanto, que, provavelmente, viverão sob encargos mais pesados que os nossos, de vez que a impunidade não existe.
Se o suor te alaga a fronte e se a lágrima te visita o coração é que a tua carga já se faz menos densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a ascensão.
Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo avança com ele para frente, mesmo que seja um milímetro por dia.
Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre.
Sob os braços duros no lenho infamante jaziam ocultas as asas divinas da ressurreição para a divina imortalidade."
("Segue-me", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

"EM TODOS OS LUGARES"


"Onde todos gritam, silencia.
Onde muitos condenam, compreende.

Onde vige o desespero, pacifica.
Onde lavre o ódio, ama.

Onde houver sombra, ilumina.
Onde domine o mal, ora.

Onde chora a penúria, socorre.
Onde tropeça alguém, auxilia.

Onde existe ressentimento, perdoa.
Onde nasce a tentação, resiste.

Em todos os lugares,
Persevera no bem e espera por Deus."


("Crer e Agir", Irmão José/Francisco Cândido Xavier e Carlos A. Bacelli)

"VIGIAR O PENSAMENTO"

        "O rio caudaloso nasce, despretensioso, nas terras altas, ganhando volume nos largos solos das planícies vastas.
        A árvore imponente começa na plântula débil, que oscila entre a casca da semente desagregada e o sol que a beija e vitaliza.
        A construção fantástica tem início no esboço singelo, em tentativas no papel que o fogo consome, até tornar-se desafio para o cálculo que a faz realidade.
        Toda causa jaz oculta; todo começo é humilde.
        O livro precioso se forma letra-a-letra.
        A sinfonia arrebatadora se compõem nota-a-nota.
        O poema excelso se declama palavra-a-palavra.
        O início é o fundamento, base que sustenta o projeto e a obra.
        Assim, também, ocorre na vida moral.
        No Espírito têm origem as matrizes da vida, suas causas, suas realizações.
        O homem de hoje procede dos seus feitos de ontem.
        O ser de agora resulta das atividades do passado.
        Vigiar o pensamento, impedindo a perniciosa convivência das ideias negativas, constitui meta primeira para quem deseja acertar, progredir, ser feliz.
        Pelo hábito da “mente vazia” de pensamentos edificantes, ou em face do tumulto que decorre das ideias desvairadas, o homem se açoda para derrapar no desespero ou se consumir na inutilidade.
        Fixar otimismo, vencer receios injustificados, exercitar ideias edificantes — eis um início de programa de vigilância para a mente sadia poder operar um corpo moralmente sadio.
        Pelo impositivo da terapêutica ditosa, ensinou-nos o Cristo vigiar “o coração — fonte dos sentimentos — porque daí procedem maus pensamentos” que nos dizem respeito e que contaminam o homem, como, também, nascem as ideias de engrandecimento e progresso da Humanidade."
(Marcelo Ribeiro, na obra “Terapêutica de emergência”, Diversos Espíritos/ Divaldo P. Franco)