"A debilidade moral enlaçada ao pessimismo faz-te considerar que "tudo está acabado".
Refletes, chegando à conclusão falsa de que "nada podes agora realizar". Na amargura que
aflora em tua alma turbilhonada, concluis que a " reencarnação está perdida". Anelarias por
outra oportunidade, supondo haveres fracassado, desastradamente. O malogro parece-te
irreversível e não dispões de outro recurso senão o desaire, ou, então, o desassisamento.
Refaze anotações, reconsidera a posição mental, examina melhor a problemática do
insucesso e perceberás que a experiência, normalmente é decorrência natural dos equívocos
a que nos permitimos, transformando-se em lições de que nos não podemos esquecer.
Olha em derredor: a tempestade destroçou tudo e o fantasma da desolação domina. Logo
mais, porém, muda o clima, altera-se a paisagem, a vida ressurge, Mais além a terra está
adusta pela inclemência do sol e o antigo campo, o abençoado pomar o rico jardim se
transformaram em deserto crestado, solo infeliz. Modifica-se, no entanto, a condição
climática, chuva generosa faz que tudo reverdeça e primavera ditosa restitui a beleza e a
vida em toda parte.
A lagarta adormece na terra imunda para ressurgir na alegre borboleta que plaina. A
semente sucumbe no solo a fim de dar lugar ao arvoredo que triunfa acima do chão. O ramo
de enxerto modifica a estrutura primitiva da planta ou a multiplica em plantas novas.
Assim não obstante teus sofrimentos, insucessos, podes renascer para a alegria, tens o
dever de nascer de novo, porquanto, luzindo a oportunidade, não te podes entregar a
decepções injustificáveis nem a conclusões infelizes. Cada dia é bênção nova, cada minuto
faculdade espontânea de crescimento. Ninguém há que esteja vencido senão quando
abandona a luta. indispensável travar a batalha final que sempre ocorre no campo imenso do
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próprio eu onde se refugiam inimigos soezes, que se disfarçam com as alcunhas de
desânimo, egoísmo, orgulho, presunção, remorso, soberbia, quando não assumem
expressões mais sórdidas e cruéis.
Disse Jesus: "É necessário nascer de novo". Não adies, hoje, o teu renascimento moral,
pensando já na próxima conjuntura carnal.
A reencarnação vindoura será, sem dúvida, a continuação da reencarnação em que te
encontras. Começa, agora, esse amanhã que anelas e envida todos os esforços para
triunfar. Se Maria de Magdala pensasse com desânimo e tivesse sido vencida pelo medo não
seria o exemplo da cristã decidida, que nos constitui modelo correto.
O Evangelho, assim, é precioso legado de homens e mulheres, que se tornaram heróis da fé
e da renúncia após experimentarem
todas as vicissitudes. Dize, então: "Recomeço a viver; estou nascendo de novo"."
("Celeiro de Bençãos", Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
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