inquietante fornalha de fogo e aflição.
Quanto te seja possível, suporta a esposa incompreensiva e exigente, ainda
mesmo quando surja aos teus olhos por empecilho à felicidade.
Quanto estiver ao teu alcance, tolera o companheiro áspero ou indiferente, ainda
mesmo quando compareça ao teu lado, por adversário de tuas melhores
esperanças.
Quanto puderes, não abandones o filho impermeável aos teus bons exemplos e
aos teus sadios conselhos, ainda mesmo quando se te afigure acabado modelo de
ingratidão.
Quanto te seja possível, suporta o irmão que se fez cego e surdo aos teus mais
elevados testemunhos no bem, ainda mesmo quando se destaque por inexcedível
representante do egoísmo e da vaidade.
Quanto estiver ao teu alcance, tolera o chefe atrabiliário, o colega leviano, o
parente desagradável, ou o amigo menos simpático, ainda mesmo quando
escarneçam de tuas melhores aspirações.
*-*-*
Apaga a fogueira da impulsividade que nos impele aos atos impensados ou à
queixa descabida e avancemos para diante arrimados à tolerância porque se hoje
não conseguimos realizar a tarefa que o senhor nos confiou, a ela tornaremos
amanhã com maiores dificuldades para a necessária recapitulação.
*-*-*
Não vale a fuga que complica os problemas, ao invés de simplificá-los.
Aceitemos o combate em nós mesmos, reconhecendo que a disciplina antecede a
espontaneidade.
Não há purificação sem burilamento, como não há metal acrisolado sem cadinho
esfogueante.
*-*-*
A educação é obra de sacrifício no espaço e no tempo, e atendendo à Divina
Sabedoria, --- que jamais nos situa uns à frente dos outros sem finalidade de
serviço e reajustamento para a vitória do amor ---, amemos nossas cruzes por
mais pesadas e espinhosas que sejam, nelas recebendo as nossas mais altas e
mais belas lições."
("Coragem", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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