terça-feira, 23 de novembro de 2010

"AMAR AOS INIMIGOS"




"Amar aos inimigos, na conceituação de Jesus, não será praticar servilismo ou
bajulação.
É compreender, acima de tudo, que as faltas daqueles que não se afinam
conosco poderiam ter sido nossas e imaginar quão felizes nos sentiríamos se tivéssemos,
porventura, os nossos erros desculpados e esquecidos, por aqueles aos quais tenhamos
ofendido.
Efetivamente, ser-nos-á possível amar aos nossos adversários, cultivando
atitudes diversas, quais sejam:
Orar pela felicidade deles, no silêncio do coração, a envolvê-los em vibrações de
paz e encorajamento;
Destacar-lhes as qualidades nobres, quando em conversação com pessoas
amigas, ao redor de ocorrências que lhes digam respeito;
Desembargar, quanto se nos faça possível, de maneira oculta e indireta, os
caminhos para as realizações que demandem;
Auxiliar-lhes os entes queridos, quando estejam à frente de problemas que lhes
surjam no cotidiano, de modo a aliviar-lhes as provações;
Induzir companheiros a prestar-lhes apoio nas tarefas úteis a que se
empenham;
Mentalizá-los sempre tranqüilos e felizes;
Desencorajar quaisquer campanhas negativas, tendentes a suscitar-lhes
desgostos e prejuízos; sobretudo, não nos referirmos, em tempo algum, a essa ou
aquela dificuldade que nos hajam causado.
Não digas, portanto, que não podes amar aos inimigos, porque existem vários
meios de endereçar-lhes compreensão e afeto, sem humilhá-los com a nossa possível
benevolência.
Decerto Jesus, quando nos aconselhou amar aos ofensores, não desejava
transformar-nos em carpideiras, junto daqueles que, acaso, não nos entendam ou nos
firam e, sim, espera que os tratemos a todos, na condição de irmãos autênticos e, tanto
quanto nós, amados filhos de Deus."
("Monte Acima", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

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