"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS,
15:44.)
"Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.
A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que
o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.
A sementeira comum é símbolo perfeito.
O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama,
o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na
folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.
Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os
obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na
direção do Sol.
A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos
submetemos à lei que nos induz para o Alto.
Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na
criação de espiritualidade divina.
O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem
nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.
Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.
Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere,
feliz, a colheita da glória espiritual."
("Vinha de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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