terça-feira, 31 de maio de 2011

"Que dizer..."


"Que dizer de um homem, aparentemente contrito nos atos públicos da confissão religiosa a que pertence e mergulhado em palavrões no santuário doméstico? Não são poucos os que se declaram crentes, ao lado da multidão, revelando-se indolentes no trabalho, desesperados na dor, incontinentes na alegria, infiéis nas facilidades e blasfemos nas angústias do coração."
("Pão Nosso", Emmanuel/Franciscco Cândido Xavier)

"O PRÓXIMO E NÓS"


"Esperas ansiosamente encontrar o Senhor e um dia chegarás à Divina Presença;
entretanto, antes de tudo, a vida te encaminha à presença do próximo, porque o próximo é sempre o degrau da bendita aproximação.
* * *
Mas quem é o meu próximo? - perguntarás decerto, qual ocorreu ao Doutor da Lei nas luzes da parábola.
Todavia, convém saber que, além do próximo mais próximo a quem nomeias como sendo o coração materno, o pai querido, o filho de nossa bênção, o irmão estimável e o amigo íntimo, no clima doméstico, o próximo é igualmente o homem que nunca vista, tanto aquele que te fixa indiferente em qualquer canto da rua. É a criança que passa, o chefeque te exige trabalho, o subordinado que te obedece, o sócio de ideal, o mendigo que te fala a distância...
É a pessoa que te impõe um problema, verificando-te a capacidade de auxílio; é quem te calunia, medindo-te a tolerância; quem te oferece alegria, anotando-te o equilíbrio; é a criatura que te induz à tentação, testando-te a resistência... É o companheiro que te solicita concurso fraterno, tanto quanto o inimigo que se sente incapaz de pedir-te o mais ligeiro favor.
Às vezes tem um nome familiar que te soa docemente aos ouvidos; de outras, é
categorizado por ti à conta de adversário, que não te aprova o modo de ser. Em suma, o próximo é sempre o inspetor da vida que nos examina a posição da alma nos assuntos da Vida Eterna. Entre ele e nós se destacam sempre a necessidade e a oportunidade a que se referia Jesus na parábola inesquecível.
Isto porque o Bom Samaritano foi efetivamente o socorro para o irmão caído na estrada de Jerusalém para Jericó, mas o irmão tombado no caminho de Jerusalém para Jericó foi para o Bom Samaritano, o ponto de apoio para mais um degrau de avanço, no caminho para o encontro com Deus."
("Rumo Certo", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"NÃO TIRANIZES"


“E, com muitas parábolas semelhantes, lhes dirigia a
palavra, segundo o que podiam compreender.” (Marcos,
4:33.)


"Na difusão dos ensinamentos evangélicos, de quando em

quando encontramos pregadores rigorosos e exigentes.

Semelhante anomalia não se verifica apenas no quadro geral

do serviço. Na esfera particular, não raro, surgem amigos severos

e fervorosos que reclamam desesperadamente a sintonia dos

afeiçoados com os princípios religiosos que abraçaram.

Discussões acerbas se levantam, tocando a azedia venenosa.

Belas expressões afetivas são abaladas nos fundamentos, por

ofensas indébitas.

Contudo, se o discípulo permanece realmente possuído pelo

propósito de união com o Mestre, tal atitude é fácil de corrigir.

O Senhor somente ensinava aos que o ouviam, “segundo o

que podiam compreender”.

Aos apóstolos conferiu instruções de elevado valor simbológico,

enquanto que à multidão transmitiu verdades fundamentais,

através de contos simples. A conversação dEle diferia, de conformidade

com as necessidades espirituais daqueles que o rodeavam.

Jamais violentou a posição natural de ninguém.

Se estás em serviço do Senhor, considera os imperativos da

iluminação, porque o mundo precisa de servidores cristãos e, não,

de tiranos doutrinários."

("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"SAIBAMOS LEMBRAR"

“Lembrai-vos das minhas prisões.” – Paulo. (Colossenses,
4:18.)

"Nas infantilidades e irreflexões costumeiras, os crentes recordam apenas a luminosa auréola dos espíritos santificados na Terra.
Supõem muitos encontrá-los, facilmente, além do túmulo, a fim de receber-lhes preciosas lembranças.
Não aguardam senão o céu, através de repouso brilhante na imensidade cósmica...
Quantos se lembrarão de Paulo tão-somente na glorificação?
Entretanto, nesta observação aos colossenses, o grande apóstolo exorta os amigos a lhe rememorarem as prisões, como a dizer que os discípulos não devem cristalizar o pensamento na antevisão de facilidades celestes e, sim, refletir, seriamente, no trabalho justo pela posse do reino divino.
A conquista da espiritualidade sublimada tem igualmente os seus caminhos. É indispensável percorrê-los.
Antes de fixarmos a coroa resplandecente dos apóstolos fiéis, meditemos nos espinhos que lhes feriram a fronte.
Paulo conseguiu atingir as culminâncias, entretanto, quantos golpes de açoite, pedradas e ironias suportou, adaptando-se aos  ensinamentos do Cristo, em escalando a montanha!...
– Não mires, apenas, a superioridade manifesta daqueles a quem consagras admiração e respeito. Não te esqueças de imitá-los afeiçoando-te aos serviços sacrificiais a que se devotaram para alcançar os divinos fins."
("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"O "NÃO" E A LUTA"


“Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não.” – Jesus.
(Mateus, 5:37.)

"Ama, de acordo com as lições do Evangelho, mas não permitas
que o teu amor se converta em grilhão, impedindo-te a marcha
para a vida superior.
Ajuda a quantos necessitam de tua cooperação, entretanto,
não deixes que o teu amparo possa criar perturbações e vícios
para o caminho alheio.
Atende com alegria ao que te pede um favor, contudo, não
cedas à leviandade e à insensatez.
Abre portas de acesso ao bem-estar aos que te cercam, mas
não olvides a educação dos companheiros para a felicidade real.
Cultiva a delicadeza e a cordialidade, no entanto, sê leal e
sincero em tuas atitudes.
O “sim” pode ser muito agradável em todas as situações, todavia,
o “não”, em determinados setores da luta humana, é mais
construtivo.
Satisfazer a todas as requisições do caminho é perder tempo
e, por vezes, a própria vida.
Tanto quanto o “sim” deve ser pronunciado sem incenso bajulatório,
o “não” deve ser dito sem aspereza.
Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se
não perca; urge reconhecer, porém, que a negativa salutar jamais
perturba. O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada.
As maneiras, na maior parte das ocasiões, dizem mais que as
palavras.
“Seja o vosso falar: sim, sim; não, não”, recomenda o Evangelho.
Para concordar ou recusar, todavia, ninguém precisa ser de
mel ou de fel. Bastará lembrarmos que Jesus é o Mestre e o Senhor
não só pelo que faz, mas também pelo que deixa de fazer."
("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"CRISES SEM DOR"


 

"Fáceis de reconhecer as crises abertas.
Provação exteriorizada, dificuldade à vista.
Surgem, comumente, na forma de moléstias, desencantos, acidentes ou suplícios do coração, atraindo o concurso espontâneo das circunstantes a que se escoram as vítimas, vencendo, com serenidade e valor, tormentosos dias de angústia, como quem atravessa, sem maiores riscos, longos túneis de aflição.
Temos, porém, calamitosas crises sem dor, as que se escondem sob a segurança de superfície:
- quando nos acomodamos com a inércia, a pretexto de haver trabalhado em demasia...
- nas ocasiões em que exigimos se nos faça o próximo arrimo indébito no jogo da usura ou no ataque da ambição...
- qualquer que seja o tempo em que venhamos a admitir nossa pretensa superioridade sobre os demais...
- sempre que nos julguemos infalíveis, ainda mesmo em desfrutando as mais elevadas posições nas trilhas da Humanidade...
- toda vez que nos acreditemos tão supostamente sábios e virtuosos que não mais necessitemos de avisos e corrigendas, nos encargos que nos são próprios...
Sejam quais sejam os lances da existência em que nos furtemos deliberadamente aos imperativos da auto – educação ou de auxílio aos semelhantes, estamos em conjuntura perigosa na vida espiritual, com a obrigação de esforçar-nos, intensamente, para não cair em mais baixo nível de sentimento e conduta.
Libertemo-nos dos complexos de avareza e vaidade, intransigência e preguiça que nos acalentam a insensibilidade, a ponto de não registrarmos a menor manifestação de sofrimento, porquanto, de modo habitual, é através deles que se operam, em nós e em torno de nós, os piores desastres do espírito, seja pela fuga ao dever ou pela queda na obsessão."
("Estude e Viva", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)

domingo, 29 de maio de 2011

"ANTE O BEM"

"Se abraçaste o ministério do bem, segue adiante e não temas.
O mal que possas sofrer é a preparação do bem que te propões a concretizar.
O vaso não consolida a própria forma sem o calor do forno que o molesta.
O trigo não se faz pão autêntico sem o processo de esmagamento que o tritura.
Entrega-te a Deus, a bem dos outros e Deus saberá usar-te em teu próprio bem."
(Emmanuel, na obra "Livro de Respostas", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"COMPADECE-TE E ORA"


"Aquele amigo não te viu as dificuldades nem te compreendeu as intenções.
Irritou-se, acusou-te, desprezou-te...
E não conseguiste desculpar-te, ante as implicações da prova em que te encontras.
Não te defendas, nem reclames nesse caso, tão estritamente pessoal.
Compadece-te.
Em silêncio pede a Deus o abençoe e fortifique. Ele não sabe que talvez amanhã deva
entrar em provas mais difíceis."
(Emmanuel, na obra "Livro de Respostas", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

sábado, 28 de maio de 2011

"AGUARDA O TEMPO"


"Aconteceu talvez o que não esperavas.
O lado contra te ironiza.
O sentimento ferido te aborrece.
Entretanto, reflete nas bênçãos que a Divina Providência já te concedeu e procura sorrir.
Não te indisponhas com ninguém.
Continua trabalhando e servindo em paz.
Aguarda o tempo, na certeza de que pelas circunstâncias da vida, nas páginas do tempo,
é que se manifesta, mais claramente, a voz de Deus."
("Emmanuel, na obra "Livro de Respostas", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"AGE E VERÁS"


"Procuras a paz.
Queres felicidade.
Recorda, porém, que ninguém consegue algo por nada.
Tranqüiliza quantos te desfrutam a convivência e faze-os felizes, tanto quanto puderes.
Para isso, não admitas dificuldades insuperáveis.
Esquece sofrimentos e queixas.
Prossegue fazendo o melhor que possas.
Não desanimes.
A perseverança no bem aos outros paga dividendos preciosos de segurança e alegria.
Age e verás."
(Emmanuel, na obra "Livro de Respostas", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"AÇÃO PRONTA"

"Se a idéia relativa a algum bem por fazer saltou do silêncio para a tua cabeça, não

perguntes, demasiadamente, aos outros, sobre a maneira de executá-la.

Começa a trabalhar e o teu próprio serviço trará os companheiros que colaborarão

contigo, auxiliando-te a pensar no melhor a ser feito."

(Emmanuel, na obra "Livro de Respostas", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"A SOLICITAÇÃO DO SENHOR"


"O homem se dizia infeliz, depois de haver implorado o socorro dos Céus, encontrou, em
sonho, o Mensageiro do Senhor que lhe falou generosamente:
- O Eterno Benfeitor se enterneceu com as tuas lágrimas e te escutou as petições. Em
resposta, recomenda-te coragem a fim de que possas receber o Apoio Divino...
Antes que o Emissário terminasse, o homem quase magoado interferiu:
- Coragem? Acaso não tenho mostrado ausência de medo em toda a minha vida? Guardo
medalhas de muitas competições. Escalei o monte mais escarpado de minha região, por
seis vezes fui campeão de corridas arriscadas, já montei potros bravos e, por duas vezes,
abati onças no sertão...
O Mensageiro, porém sorriu e esclareceu:
- Sim, tudo isso é para considerar, mas o que o Senhor te pede é a coragem de cumprir
o teu próprio dever."
(Emmanuel, na obra "Livro de Respostas", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"Em todos os lugares, um grande amor pode socorrer o amor menor, dilatando-lhe as fronteiras e impelindo-o para o Alto, e, em toda parte, a grande fé, vitoriosa e sublime, pode auxiliar a fé pequenina e vacilante, arrebatando-a às culminâncias da vida."
("Libertação", André Luiz/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 24 de maio de 2011

"A preparação"

"...antes de qualquer atividade, ao iniciar-se o dia,
reserva-lhe alguns minutos para a sua sustentação.
Faze uma pequena leitura de página otimista e consoladora, que te fixe clichês mentais positivos e agradáveis.
Medita um pouco no seu conteúdo valioso, como a imprimi-lo nas telas delicadas da memória, de modo que dele te impregnes,  estabelecendo uma disposição favorável às lutas que enfrentarás.
Encerra esses minutos com uma prece, através da qual intentes sintonizar com o pensamento da sabedoria universal, haurindo inspiração e forças no amor de Deus.
Equipado com estas energias, terás atendido, em terapia preventiva, a tua realidade eterna – o eu espiritual – podendo, então, partir para os primeiros confrontos da experiência do teu novo dia."
("Episódios Diários", Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"TOQUE DE FÉ"

"Hospedaste conflitos do pensamento sem perceber e, por isso, te afliges.
Entretanto, asserena-te e espera.
Muitas das inquietações que te pungem o espírito não passam de nuvens formadas por
tua própria imaginação.
A pessoa que te parece suspeita, qual se te fosse um adversário prestes a ferir-te, talvez
esteja em tua área de ação, buscando auxiliar-te.
O desencanto experimentado terá sido provavelmente o meio de que se valeu a Sabedoria
Divina para livrar-te de tribulações futuras, cujo peso não suportarias de pé.
Aconteça o que acontecer, guarda-te em paz, oferecendo aos outros o melhor de ti, a
fim de que os outros te ofertem o melhor de que disponham.
Ainda que fardos de sofrimento se te amontoem na vida, permanece firme em tua fé e
em teu caminho, porquanto nenhuma tempestade, por mais arrasadora, te pode arrancar a
proteção de Deus."
(Emmanuel, na obra "Sinais de Rumo", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"PROVA E FORÇA"



"Se a provação te visita, não esmoreças.
Problema é condição para crescimento.
Reflete na semente a esforçar-se para vencer o solo que a constrange.
A árvore protetora fala sem palavras quantas vezes agüentou a fúria do vento, a fim de
sobreviver.
Dor é uma proposta do Céu para que te promovas.
Confia e atravessa a dificuldade.
O Senhor da Vida que te sustentou ontem, sustentar-te-á também hoje.
Mobiliza a própria fé e caminha adiante.
Liga-te a Deus e segue.
Pensa no prodígio da luz e reconhecerás que a força vem de dentro."
(Emmanuel, na obra "Sinais de Rumo", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

domingo, 22 de maio de 2011

"REDENÇÃO"



"Bendize a cruz de pranto que te oprime
O coração cansado!... Sofre e chora!...
Suporta a noite, contemplando a aurora
A resplender não longe em paz sublime...
Nenhuma provação te desanime!...
Inda que o mal te espanque e humilhe... Embora
Os temporais de fel, a cada hora,
Agradece a aflição que nos redime!...
Bendize o doloroso itinerário,
Os espinhos e pedras do calvário
Sob o lenho de dor que te governa...
Serve, perdoa e crê, ante o futuro!...
Somente a luz do amor constante e puro
Abre os caminhos para a Vida Eterna!..."
(Cruz e Sousa, na obra "Servidores no Além",
Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

sábado, 21 de maio de 2011

"ELEIÇÃO E ESCOLHA"

"Em todos os lugares, surgem os chamados ao aperfeiçoamento, mas, em toda a parte, há poucos escolhidos porque raros se elegem.
O Mestre Divino não destaca os discípulos, à maneira dos ditadores terrestres que
condecoram afeiçoados, segundo o capricho que lhes é próprio.
Recebe nas culminâncias da virtude e do serviço aqueles que souberam escalar a montanha do esforço individual do Bem.
Semelhante critério é idêntico ao que adotamos na lide comum para assinalar os
colaboradores necessários ao trabalho que pretendemos realizar.
Num escritório, não aceitamos auxiliares que se afastem do alfabeto.
Num campo de serviço agrícola, não aceitamos a cooperação daqueles que menosprezam a enxada.
Num templo religioso, não compreendemos o concurso de quem renega a fé e a esperança.
Num hospital, não entendemos a presença de enfermeiros que detestam doentes.
Demonstra-nos a lógica que o homem, pela boa vontade e pelo sacrifício no dever
rigorosamente cumprido, cresce sobre a multidão e se mostra digno de tarefa sempre mais nobres.
Se desejas, desse modo, penetrar o colégio dos escolhidos de Jesus, começa hoje o teu ministério de aplicação à prática viva dos Seus Ensinamentos.
Indiscutivelmente, o Senhor escolherá o teu coração para brilhar no banquete da fraternidade e da luz, da revelação e da graça, mas, antes disso, é imprescindível que te faças eleito por ti mesmo, elevando a tua alma, acima do nivelamento em que se irmanam a ignorância e a ociosidade, na terra seca ou enfermiça do menor esforço."
("Harmonização", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"VIVAMOS CALMAMENTE"


“Que procureis viver sossegados.”
- Paulo. (I Tessalonicenses, 4:11)

          "Viver sossegado não é apodrecer na preguiça.
        Há pessoas, cujo corpo permanece em decúbito dorsal,  agasalhadas, contra o frio da dificuldade, por excelentes cobertores da facilidade econômica, mas torturadas mentalmente por indefiníveis aflições.
        Viver calmamente, pois, não é dormir na estagnação.
        A paz decorre da quitação de nossa consciência para com a vida, e o trabalho reside na base de semelhante equilíbrio.
        Se desejamos saúde, é necessário lutar pela harmonia do corpo.
        Se esperamos colheita farta, é indispensável plantar com esforço e defender a lavoura com perseverança e carinho.
        Para garantir a fortaleza do nosso coração, contra o assédio do mal, é imprescindível saibamos viver dentro da serenidade do trabalho fiel aos compromissos assumidos com a ordem e com o bem.
        O progresso dos ímpios e o descanso dos delinqüentes são paradas de introdução à porta do inferno criado por eles mesmos.
        Não queiras, assim, estar sossegado, sem esforço, sem luta, sem trabalho, sem problemas...
        Todavia, consoante a advertência do apóstolo, vivamos calmamente, cumprindo com valor, boa-vontade e espírito de sacrifício, as obrigações edificantes que o mundo nos impõe cada dia, em favor de nós mesmos."

(“Fonte Viva”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

"SAIBAMOS AGRADECER"



"Aprendamos a agradecer no círculo das criaturas limitadas que ainda somos, a
fim de recebermos o socorro dos Mensageiros Divinos cuja sublimidade ainda não
conseguimos compreender.
Cada coração que palpita conosco, amparando-nos a jornada é alguém da
Vida Superior induzindo-nos à felicidade.
A ternura de nossa mãe...
A benevolência de nosso pai...
O devotamento da esposa...
A assistência do companheiro...
O carinho do irmão...
A devoção do mestre...
A generosidade do amigo...
A direção do chefe...
O concurso do servidor...
A paciência do médico...
A tolerância do enfermeiro...
Não somente essas forças te assistem, cada hora, assegurando-te interesse
e estímulo à existência...
Para estender a caridade sem ruído, como quem sabe que ajudar aos outros
é enriquecer a própria existência;
Para persistir nas boas obras sem reclamações e sem desfalecimentos, em
todos os ângulos do caminho;
Para negar a nossa antiga vaidade e tomar, sobre os próprios ombros, cada
dia, a cruz abençoada e redentora de nossos deveres, marchando, com humildade
e alegria ao encontro da vida sublime...
A indicação honrosa nos felicita.
Nossa presença nos estudos do Evangelho expressa o apelo que flui do Céu
para as nossas consciências.
Chamados para a luz e escolhidos para o trabalho.
Eis a nossa posição real nas bênçãos do “hoje”. E se quisermos aceitar a
escolha com que fomos distinguidos, estejamos certos igualmente de que, em
breve, “amanhã” comungaremos felizes com o nosso Mestre e Senhor."
(Emmanuel, na obra "Taça de Luz", Autores Diversos/Francisco Cãndido Xavier)

"PROGRAMA CRISTÃO"

"Aceitar a direção de Jesus.
Consagrar-se ao Evangelho Redentor.
Dominar a si mesmo.
Desenvolver os sentimentos superiores.
Acentuar as qualidades nobres.
Sublimar aspirações e desejos.
Combater as paixões desordenadas no campo íntimo.
Acrisolar a virtude.
Intensificar a cultura, melhorando conhecimentos e aprimorando aptidões.
Iluminar o raciocínio.
Fortalecer a fé.
Dilatar a esperança.
Cultivar o bem.
Semear a verdade.
Renovar o próprio caminho, pavimentando-o com o trabalho digno.
Renunciar ao menor esforço.
Apagar os pretextos que costumam adiar os serviços nobres.
Estender o espírito de serviço, secretariando as próprias edificações.
Realizar a bondade, antes de ensiná-la aos outros.
Concretizar os ideais elevados que norteiam a crença.
Esquecer do perigo no socorro aos semelhantes.
Colocar-se em esfera superior ao plano escuro da maledicência
Ganhar tempo, aproveitando as horas em atividade sadia.
Enfrentar corajosamente os problemas difíceis na experiência humana.
Amparar os ignorantes e os maus.
Auxiliar os doentes e os fracos.
Acender a lâmpada da boa vontade onde haja sombras e incompreensão.
Encontrar nos obstáculos os necessários recursos à superação de si próprio.
Perseverar no bem até o fim da luta.
Situar a reforma de si mesmo, em Jesus Cristo, acima de todas as exigências da
vida terrestre."
(Emmanuel, na obra "Taça de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"SEGUE, AMIGO"



"Fatigado romeiro da fé pura,
Sem bordão de conforto a que te arrimes,
Por mais cansado, não te desanimes
Na jornada de pranto e de amargura.
Além do Grande Além, na imensa Altura,
Brilham no Eterno Amor em que te exprimes
As pátrias generosas e sublimes
Da beleza, da graça e da ventura!
Na subida de pedra, cinza e lama,
Sangrem-se os pés embora, nutre a chama
Que arde, incessante, no teu peito aflito;
Sonha acima da escura tempestade
E chegarás, cantando, à Eternidade
Sob a glória celeste do Infinito!..."

 
("Auta de Souza",
Auta de Souza/Francisco Cândido Xavier)

CONSOLADOR PROMETIDO


"3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. -Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (JOÃO, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26.)"
("O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo VI - "O Cristo Consolador")

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ser médium

"Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em
determinado trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando
a cabeça dos responsáveis.
Se não podes compreender isso, observa o avião, por mais simples seja
ele. Tudo é amparo inteligente e ação maquinal no comboio aéreo. Torres de
observação esclarecem-lhe a rota e vigorosos motores garantem-lhe a marcha.
Mas tudo pode falhar, se falharem o entendimento e a disciplina no aviador
que está dentro dele."
("Seara dos Médiuns", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
"...Tanto quanto te vês compelido, diariamente, a entrar na faixa das
necessidades do corpo físico, pensando, por exemplo, na alimentação e na
higiene, és convidado incessantemente a entrar na faixa das requisições espirituais
que te cercam.
Um livro, uma página, uma sentença, uma palestra, uma visita, uma notícia,
uma distração ou qualquer pequenino acontecimento que te parece sem
importância, pode representar silenciosa tomada de ligação para determinado
tipo de interesse ou de assunto.
Geralmente, toda criatura que ainda não traçou caminho de sublimação
moral a si mesma assemelha-se ao viajante entregue, no mar, ao sabor das
ondas.
Receberás, portanto, variados apelos, nascidos do campo mental de todas
as inteligências encarnadas e desencarnadas que se afinam contigo, tentando
influenciar-te, através das ondas inúmeras em que se revela a gama infinita
dos pensamentos da Humanidade, mas, se buscas o Cristo, não ignoras em
que altura lhe brilha a faixa.
Com a bússola do Evangelho, sabemos perfeitamente onde se localizam o
bem e o mal, razão por que, dispondo todos nós do leme da vontade, o
problema de sintonia corre por nossa conta."
("Seara dos Médiuns", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

sábado, 14 de maio de 2011

"HOJE CONTIGO"

"Não olvides que permanecem hoje contigo as sombras que trazes de ontem para a
regeneração do próprio destino.
Evidenciam-se, a cada passo, impondo-te os problemas que te assaltam a marcha,
propondo-te aprimoramento e progresso, trabalho e melhoria.
São elas, quase sempre: o berço menos feliz em que renasceste; o corpo enfermiço que
te serve de residência; o campo atormentado da consangüinidade incompreensiva em
que experimentas angústias e solidão; o posto social apagado e triste, recomendando-te
humildade; o carinho recusado e envilecido pela deserção de quantos te mereceriam
afetividade e confiança; o esposo difícil; a companheira complicada; os filhos que se
desvairam nos labirintos da ingratidão; os amigos que fogem; o trabalho de sacrifício em
desacordo com as próprias aspirações; e, sobretudo, a insatisfação na própria alma,
denunciando-te os desajustes da consciência.
À frente de semelhantes sinais, unge-te de coragem e escuda-te na paciência incansável,
oferecendo o bem pelo mal para que a luz vença a treva em teu caminho, porque se a
evolução pede esforço, a redenção exige renúncia se quisermos fitar novamente o sol de
pensamento tranqüilo.
Lembra-te de que a dificuldade de agora é a enquistação dos nossos erros no antes,
rogando entendimento e bondade, para que a alegria e a vitória venham felicitar-nos depois."
(Emmanuel, na obra "Família", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"DRAMA DE PAI"


"O pensamento agoniado de Paulo Silva nos buscava de longe...Antes de nossa
desencarnação, conhecêramos nele um menino terno e amigo.


Esperava-nos, na vizinhança, pela manhã, para dar-nos abraço enternecedor.

Agora, tanto tempo escoado, seria um homem maduro.

Sim, ao revê-lo, no limiar dos cinqüenta de idade, espantávamo-nos ao identificar-lhe os cabelos brancos, o corpo em terrível abatimento, o olhar embaciado de lágrimas, os gritos de louco...

Que teria ocorrido para motivar-lhe a tragédia?

A resposta vinha em grosso diário paterno, carinhosamente guardado em mesa próxima, do qual respingamos tão somente alguns tópicos mais importantes e que alinhamos aqui, a título de estudo:

18/11/1950 – Sou pai, como sou feliz!...
Recebi meu filho hoje nos braços... Meu filho!... Combinei com minha mulher,
concordamos em que terá o meu nome. Será chamado Paulo Junior.

20/02/1954 – Minha mãe julga que Cecília e eu devemos encomendar mais filhos.
Não quero. Conservarei apenas meu Paulinho, meu ídolo. Terá ele tudo o que a vida não
me deu...

05/03/1957 – Que felicidade ver Paulinho na escola! Uma inteligência!... Comprei
hoje, em nome dele, duzentas ações de uma companhia respeitável, investimento valioso
na industria.

18/11/1958 – Aniversário de meu filho. Adquiri para ele uma gleba de vinte mil
metros quadrados em Jacarepaguá. Terreno de grande futuro.

11/05/1960 – Aproveitei a situação de dois amigos que estavam com a corda no pescoço e comprei para meu filho duas casas em ótimo ponto da Tijuca. Negócio de ocasião.

14/08/1960 – Sonhei com meu pai, morto há vinte anos. Coisa esquisita! Pedia-me pensar nas crianças abandonadas, nos filhos sem ninguém, nos pequenos ao desamparo.

Acrescentava que eu posso e devo amar meu filho, mas sem esquecer que todos somos
filhos de Deus e que o mundo está repleto de criaturas necessitadas a suplicarem
socorro...

Despertei assustado.
Isso tudo, porém, é bobagem. Os mortos estão mortos. Preciso cuidar de meu filho e de nada mais.

15/04/1961 – Viva a boa sorte!... Duas viúvas em aperto venderam-me as residências por ninharia. Verdadeiras mansões! Escrituras lavradas em nome de Paulinho. Meu filho será um grande proprietário.

17/06/1962 – Mais terrenos para meu filho. Duas glebas em Teresópolis.

19/07/1962 – Adquiri quatrocentas ações, em nome de Paulinho, de industrias têxteis do interior de Minas Gerais.

20/01/1963 – Freiras de um asilo vieram pedir-me socorro, em favor de meninos órfãos. Não dei coisa alguma e nem dou. Meu filho não será prejudicado por desfalques de caridade.

22/02/1964 – Os espíritas que constroem em abrigo para crianças vadias chegaram em comissão, rogando auxílio. Achei-lhes uma graça! Minha resposta foi não, como sempre. Tudo o que me vier às mãos será de Paulinho.

18/11/1965 – Quinze anos. Bolo e feliz aniversário de meu filho! Adquiri para ele,
hoje à tarde, boa fazenda no interior fluminense.

20/11/1965 – Sonhei novamente com meu pai, dizendo-me para não esquecer do ensinamento evangélico que indica na caridade a força capaz de cobrir as nossas faltas e renovar o nosso destino. Lembro-me perfeitamente das palavras dele, afirmando que é preciso ajudar aos que sofrem na Terra para receber o auxílio dos que moram no Céu.

Tolices!... Acredito que a conversa dos espíritas, anteontem, me influenciou negativamente.

31/12/1965 – Adquiri mais duas casa para meu filho. Pechincha com que eu não contava.

04/03/1967 – Paulinho brilhando nos estudos secundários. Que carreira seguirá?

Acima de tudo, quero que seja um homem rico. Não acredito em poder superior ao poder do dinheiro.

06/04/1967 – Comprei dois carros para o meu filho, um para a cidade, outro para a fazenda. Os quatro automóveis de que dispomos em família já não me pareciam dignos
dele.

18/11/1967 – Novo aniversário de Paulinho. Adquiri quatro apartamentos em nome dele. Quero meu filho cada vez mais rico, sempre mais rico.

30/01/1968 – A fortuna de meu filho, conforme o balanço último, já ultrapassa de um bilhão de cruzeiros velhos, segundo as anotações de meu contabilista.

19/04/1968 – Meus tios Arlindo e Antonio pediram-me auxílio, declarando-se em penúria. Neguei. Tenho meu filho para cuidar.

22/01/1970 – Meu Deus!... Paulinho está no hospital em estado grave!...

Aqui terminava as anotações. O resto era a provação à frente de nossos olhos.

Paulo Silva que concentrava no filho único imensa fortuna, e que, por isso mesmo,

se negava a atender a quaisquer apelos da beneficência ou da cooperação fraternal,

profundamente desequilibrado assistia, junto de nós à saída do filho morto, que

desencarnara, em plena juventude, vitimado pela hepatite."


(Irmão X, na obra "Família", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"SALÁRIOS"


“E contentai-vos com o vosso soldo.” – João Batista.
(Lucas, 3:14.)


"A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos,
é modelo de concisão e de bom senso.
Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em
virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração
na vida comum.
Operários existem que reclamam salários devidos a ministros,
sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem
os administradores do mundo em vítimas da inquietação e
da insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes.
Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação
de vencimentos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice do corpo,
ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem
com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho
humano lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará
nos quadros divinos.
Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que
lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranqüilo.
Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande
nau surgirá a grande tormenta.Contentar-se cada servidor com o próprio salário é prova de
elevada compreensão, ante a justiça do Todo-Poderoso.
Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-te a
valorizar as concessões do Céu."
("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
"Suporta com calma aquilo que não possas modificar."


(Emmanuel, em "Busca e Acharás", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"VINTE SERVIÇOS QUE O ESPIRITISMO FAZ POR VOCÊ"



"- Integra você no conhecimento de sua posição de criatura eterna e
responsável, diante da vida.
- Expõe o sentido real das lições do Cristo e de todos os outros mentores
espirituais da Humanidade, nas diversas regiões do Planeta.
- Suprime-lhe as preocupações originárias do medo da morte, provando que ela
não existe.
- Revela-lhe o princípio da reencarnação, determinado o porquê da dor e das
aparentes desigualdades sociais.
- Confere-lhe forças para suportar as maiores vicissitudes do corpo,
mostrando a você que o instrumento físico nos reflete as condições ou
necessidades do espírito.
- Tranqüiliza você com respeito aos desajustes da parentela, esclarecendo
que o lar recebe não somente os afetos, mas também os desafetos de
existências passadas, para a necessária regeneração.
- Demonstra-lhe que o seu principal templo para o culto da presença Divina é
a consciência.
- Liberta-lhe a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa.
- Elimina a maior parte das suas preocupações acerca do futuro além da
morte.
- Dá-lhe o conforto do intercâmbio com os entes queridos, depois de
desencarnados.
- Entrega-lhe o conhecimento da mediunidade.
- Traça-lhe providências para o combate ou para a cura da obsessão.
- Concede-lhe o direito à fé racionada.
- Destaca-lhe o imperativo da caridade por dever.
- Auxilia você a revisar e revalorizar os seus conceitos de trabalho e
tempo.
- Concede-lhe a certeza natural de que, se beneficiamos ou prejudicamos
alguém, estamos beneficiando ou prejudicando a nós próprios.
- Garante-lhe serenidade e paz diante da calúnia ou da crítica.
- Ensina você a considerar adversários por instrutores.
- Explica-lhe que, por maiores sejam as suas dificuldades exteriores,
intimamente você é livre para melhorar ou agravar a própria situação.
- Patenteia-lhe que a fé ilumina o caminho, mas ninguém fugirá da lei que
manda atribuir a cada qual segundo as obras pessoais.
Essas são vinte das muitas bênçãos que o Espiritismo realiza em nosso
favor. Será curioso que cada um de nós pergunte a si mesmo o que estamos nós
a fazer por ele."

André Luiz

( Página recebida pelo médium Waldo Vieira, em reunião pública da Comunhão
Espírita Cristã, na noite de 22/10/65, em Uberaba, Minas Gerais)




"Quando a tempestade ruge,
Ele é o meu norte..."
(Alexandre de Jesus, na obra "Fé",
Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier e Carlos A. Bacelli)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

"AFETO"

"Sentes inclinação afetiva por determinada pessoa...
No entanto, observas que esse alguém já assumiu compromissos em outros caminhos.
Sofres e te angustias.
Tivesses chegado um pouco mais cedo... – pensas, entristecido.
Aceita, porém, as determinações da vida.
Leis desconhecidas agiram em teu benefício.
Nem sempre poderás satisfazer aos teus caprichos sem agravo da própria
situação espiritual.
Vive a vida que tens, aprendendo a amar aqueles que te amam.
Cada criatura gravita na órbita das necessidades que lhe são próprias.
Afeição, quando não se tem, é também algo que se pode construir.
Deixa o curso dos acontecimentos correr naturalmente, porquanto Deus, em
fazendo sempre o melhor, te preservou de sofrimentos que não tolerarias."
(Hilário Silva, na obra "Fé", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier e Carlos A. Bacelli)

"DO CÉU À TERRA"


"Junto às Portas Celestiais assomam almas da Terra todos os dias. Sublimadas na


abnegação e na dor, assemelham-se a anjos nascituros que o flagelo da retaguarda


deixou sem nome...


Agora, as cruzes do trabalho destacam-se-lhes dos ombros, à feição de asas alvíssimas,


com que aspiram aos supremos vôos no rumo da Eternidade...


Enlevadas, auscultam constelações distantes, lares suspensos da Criação que lhes


sugerem, enfim, a ventura perfeita, e ouvem, extáticas, a musica das esferas, convidandoas


à luz da divina ascensão...


Todavia, na fronteira de sol, gritos de expiação alcançam-lhes o seio...


Partem da Terra escura em que a noite domina. Traduzem desespero, agonia e aflição...


Trazem pragas atrozes, notas de tempestade e soluços pungentes...


São lágrimas e anseios daqueles que fizeram no abismo da saudade, entre a grade de


trevas e o martírio da prova...


São filhos que padecem, amigos que pranteiam, companheiros em sombra e amores sob


algemas...


É então que os redimidos, quase sempre despertam para Cristo Imortal e, ao invés da


subida ao fulgor das estrelas, volvem à matéria obscura, retomam-na, apressados,


sofrendo o berço pobre em chagas de amargura, acendendo, de novo, o lume da alegria,


onde a angustia corveja, ensinando a bondade em silêncio e renúncia, indicando o


caminho ao resplendor da Altura e morrendo em louvor da Bondade Sublime,


aprendendo, com Cristo, que a virtude do amor é cessar todo ódio e que a graça do Céu é


converter o inferno de procedência humana em templo redentor de trabalho e esperança


para o Reino de Deus."


(Emmanuel, na obra "Família", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"VELHO ARGUMENTO"


“E aduzindo ele isto em sua defesa, disse Fasto em alta
voz: – Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar.”
(Atos, 26:24)

"É muito comum lançarem aos discípulos do Evangelho a falsa acusação de
loucos, que lhes é imputada pelos círculos cientificistas do século.
O argumento é velhíssimo por parte de quantos pretendem fugir à verdade,
complacentes com os próprios erros.
Há trabalhadores que perdem valioso tempo, lamentando que a multidão os
classifique como desequilibrados. Isto não constitui razão para contendas estéreis.
Muitas vezes, o próprio Mestre foi interpretado por demente e os apóstolos
não receberam outra definição.
Numa das últimas defesas, vemos o valoroso amigo da gentilidade, ante a
Corte Provincial de Cesaréia, proclamando as verdades imortais de Cristo Jesus. A
assembléia toca-se de imenso assombro. Aquela palavra franca e nobre estarrece os
ouvintes. É aí que Pórcio Festo, na qualidade de chefe dos convidados, delibera
quebrar a vibração de espanto que domina o ambiente. Antes, porém, de fazê-lo, o
argucioso romano considerou que seria preciso justificar-se
em bases sólidas. Como acusar, no entanto, o grande convertido de Damasco, se ele, Festo, lhe conhecia o caráter íntegro, a sincera humildade, a paciência sublime e o ardoroso espírito de sacrifício? Lembra-se, então, das “muitas letras” e Paulo é chamado louco pela ciência divina de que dava testemunho.
Recorda, pois, o abnegado batalhador e não dispenses apreço às falsas considerações de quantos te provoquem ao abandono da verdade. O mal é
incompatível com o bem e por “poucas letras” ou por “muitas”, desde que te alistes
entre os aprendizes."
("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 10 de maio de 2011

"ESPERAR EM CRISTO"


“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais
miseráveis de todos os homens.”
(I CORÍNTIOS, 15: 19)

"O exame do versículo fornece ao estudioso explicações muito claras.
É natural confiar em Cristo e aguardar n’Ele, mas que dizer da angústia da
alma atormentada no círculo de cuidados terrestres, esperando egoisticamente que
Jesus lhe venha satisfazer os caprichos imediatos?
Seria razoável contar com o Senhor tãosó
nas expressões passageiras da
vida fragmentária?
É indispensável descobrir a grandeza do conceito de “vida”, sem confundilo
com “uma vida”.
Existir não é viajar da zona de infância, com escalas pela juventude,
madureza e velhice, até ao porto da morte; é participar da Criação pelo sentimento e
pelo raciocínio, é ser alguém e alguma coisa no concerto do Universo.
Na condição de encarnados, raros assuntos confundem tanto como os da
morte, interpretada erroneamente como sendo o fim daquilo que não pode
desaparecer.
É imprescindível, portanto, esperar em Cristo com a noção real da
eternidade. A filosofia do imediatísmo, na Terra, transforma os homens em crianças.
Não vos prendais à idade do corpo físico, às circunstâncias e condições
transitórias. Indagai da própria consciência se permaneceis com Jesus. E aguardai o
futuro, amando e realizando com o bem, convicto de que a esperança legítima não é
repouso e, sim, confiança no trabalho incessante."
("Caminho, Verdade e Vida", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"PESSOAS QUERIDAS"


"Claro que já compreendes que a pessoa querida é um mundo a parte, muitas vezes, com
sentimentos e raciocínios muito diversos dos teus.
***
Entendamos a situação de cada individualidade, dentro do contexto de necessidades e
provas de que se faça portadora e respeitemo-la na problemática que apresente.
***
Incentivemos os familiares queridos a fazerem o melhor de si mesmos, sem, no entanto,
desconsiderar-lhes a vocação para as tarefas mais simples.
***
Atendemos ao imperativo do diálogo construtivo em que as nossas sugestões de melhoria
possam ser plenamente enunciadas.
***
Se os nossos roteiros mais nobres não forem atendidos, desde que estejamos tratando com
criaturas a quem as leis humanas já conferiram os direitos da maioridade, seria violência de
nossa parte encarcerá-las em nossos pontos de vista.
***
Planejamos a ventura conjugal para nossos filhos, enquanto na Terra, entretanto, na
hipótese de haverem nascido para uniões de resgate difícil, seria perigoso compeli-los à fuga
do caminho a percorrer.
***
Estimaríamos honorificar descendentes amados com os títulos acadêmicos do mais alto
porte, todavia muitos terão vindo até nós, quando no Plano Físico, para os mais rudes
encargos, cabendo-nos respeitá-los.
***
Se almas queridas jazem caídas no erro, quando terão vindo ao mundo com a promessa de
superar induções à queda, não as reprovemos ou condenemos de modo algum e sim
saibamos deixar-lhes o caminho livre, tanto quanto possível, para fazerem da vida que lhes é
própria o que melhor lhes pareça.
***
Não obrigues ninguém a viver, conforme os teus padrões de comportamento, de vez que não
suportarias imposições alheias em teu modo de ser.
***
Em suma: conserva serenidade ante as escolhas do próximo e vive a própria vida, deixando
aos outros a liberdade de viver a existência que Deus lhes concedeu."
("Calma", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)