quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

"CORAÇÕES CEVADOS"


“Cevastes os vossos corações, como num dia de matança.”
– (Tiago, 5:5.)

"Pela prosperidade e aperfeiçoamento do mundo, trabalha o
Sol, que é a suprema expressão da Divindade Vital no firmamento
terrestre.
Colabora o verme na intimidade do solo, preparando ninho
adequado às sementes.
Contribui a aragem, permutando o pólen das flores.
Esforça-se a água, incessantemente, entretendo a vida física e
purificando-a.
Serve a árvore, florindo, frutificando e regenerando a atmosfera.
Coopera o animal, ajudando as realizações humanas, suando e
morrendo para que haja vida normal no domínio da inteligência
superior.
Indefectível lei de trabalho rege o Universo.
O movimento e a ordem, na constância dos benefícios, constituem-
lhe as características essenciais.
Há, porém, milhões de pessoas que se sentem exoneradas da
glória de servir.
Para semelhantes criaturas, em cujo cérebro a razão dorme
embotada e vazia, trabalho significa degredo e humilhação, inferno
e sofrimento. Perseguem as facilidades delituosas, com o
mesmo instinto de novidade da mosca em busca de detritos. Conseguida
a solução de ordem inferior que buscavam, circunscrevem
as horas e as possibilidades ao desenfreado apego de si mesmas,
imitando o poço de águas estagnadas que se envenena facilmente.
No fundo, são “corações cevados”, de acordo com a feliz expressão
do apóstolo. Criam teias densas de ódio e egoísmo, indiferença
e vaidade, orgulho e indolência sobre si próprios, e gravitam
para baixo. Descendo, descendo, pelas pesadas vibrações a que se
acolhem, rolam vagarosamente para o seio das vidas inferiores,
onde é natural que encontrem a exigência de muitos, que se aproveitam
deles, à maneira do homem comum que se vale dos animais
gordos para a matança."
("Fonte Viva", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

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