"Abri, pois, vossos ouvidos e vossos corações, meus bem amados! Cultivai esta
árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna. Aquele que a plantou
vos convida a cuidá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância os seus
frutos divinos. Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu: não a mutileis. Sua
sombra imensa quer estender-se por todo o universo; não lhe corte a ramagem.
Seus frutos generosos caem em abundância, para alentar o viajor cansado, que
deseja chegar ao seu destino. Não os amontoeis, para guardá-los e deixá-los
apodrecer, sem servirem a ninguém. “São muitos os chamados e poucos os
escolhidos”. É que há os açambarcadores do pão da vida, como os há do pão
material. Não vos coloqueis entre eles; a árvore que dá bons frutos deve
distribuí-los para todos. Ide, pois, procurar os necessitados; conduzi-os sob as
ramagens da árvore e partilhai com eles o abrigo que ela vos oferece. “Não se
colhem uvas dos espinheiros”. Meus irmãos, afastai-vos, pois, dos que vos chamam
para apontar os tropeços do caminho, e segui os que vos conduzem à sombra da
árvore da vida.
O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não
passarão: “Os que me dizem Senhor, Senhor, nem todos entrarão no Reino dos Céus,
mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está nos Céus”. Que o
Senhor das bênçãos vos abençoe, que o Deus da luz vos ilumine; que a árvore da
vida vos faça com abundância a oferenda dos seus frutos! Crede e
orai!"
("O Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec)
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