sábado, 31 de dezembro de 2011

"CARTÃO FRATERNO"




"Abre teu coração à luz divina
Para que a luz do amor em ti desponte.
E subirás, cantando, o excelso monte
Que de bênçãos celestes se ilumina.
Honra a luta na terra que te inclina
A sublime largueza de horizonte.
A nossa dor é a nossa própria fonte
De profunda verdade cristalina.
Quebra a escura cadeia que te isola!
Faze do teu caminho a grande escola
De renascente amor, puro e fecundo!...
Deixa que o Cristo te penetre a vida
E que sejas, do Mestre, a chama erguida,
A luminosa redenção do mundo."
(Luiz Guimarães, na obra "Relicário de Luz",
Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"COMECEMOS POR NÓS MESMOS"

"Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho;
e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo, ao bem, quanto possuem.
Difunde a humildade, buscando a Vontade Divina com esquecimento de teus caprichos humanos; e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos,
calando as manifestações de vaidade e de orgulho.
Propaga a fé, suportando os reveses de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza infatigável; e quem te observa, crescerá em otimismo e confiança.
Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, ajudando sem desânimo e amparando sem reclamar; e os irmãos que te buscam
mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.
Planta a bondade, cultivando com todos a incansável gentileza; e os associados de tua luta encontrarão contigo a necessária inspiração para o combate à maldade.
Estende as noções do serviço e da responsabilidade, agindo incessantemente na religião do dever bem cumprido; e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da preguiça.
As boas obras começam de nós mesmos.
Educaremos, educando-nos.
Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.
Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.
Que o Espírito de Cristo nos infunda a graça do auto-aprimoramento, para que nos façamos intérpretes do Espírito Santo.
A caridade que salvará o mundo há de regenerar-nos primeiramente.
Sigamos, pois, ao encontro do Mestre, amando, aprendendo e servindo; e o Mestre, hoje ou amanhã, virá ao nosso encontro, premiando-nos o esforço com a divina ressurreição."
(Emmanuel, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"Guardemos a humildade..."

"Guardemos a humildade à frente de todos os condutores do pensamento e do trabalho, na obra do Senhor, cuja intimidade hoje buscamos, sequiosos de redenção, osculando-lhes respeitosa e reconhecidamente as mãos, consagradas à ordem e à verdade, à justiça e ao bem, mas, genuflexos, roguemos a eles nos ajudem, para que a caridade nos encontre fiéis, em seu culto, na pessoa de nossos semelhantes, a fim de que por Luz das luzes, Bênção das bênçãos e fraternidade salvadora, em todas as organizações fraternas do nosso ideal libertador, seja ela o altar humano e vivo, em que os braços do Senhor se manifestam no mundo, agora e sempre."
(Fabiano de Cristo, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"MEDIUNIDADE NO LAR"

"Não abandones a tarefa mediúnica no lar, a pretexto de te encontrares em circulo reduzido.
Muita vez, a popularidade não passa de amargosa provação.
Ainda que te encontres, ao lado de um ou dois companheiros somente, reúne-se com eles, em nome do Senhor, que designará mensageiros de amor e luz para o serviço de amparo ao teu esforço no bem.
Como realizar a grande jornada se não nos dispomos a dar os passos do inicio?
As gotas d’água fazem o grande rio e notas minúsculas compõem a sinfonia magistral.
Recorda a benção do alivio ao desencarnado infeliz, a assistência ao companheiro que chora e a proteção á criança enferma.
Lembra-te da palestra que ajuda a quem sofre; da idéia, aparentemente sem importância, que brilha, repentina, em tua boca para a solução dos problemas difíceis, do estimulo que podes acender num coração desanimado. E trabalha sempre.
Ninguém pode imaginar, enquanto na Terra, o valor, a extensão e a eficiência de uma prece, nascida na fonte viva do sentimento.
A tranqüilidade, de muitos, procede sempre do esforço de alguns poucos.
A mediunidade no lar, quando ligada à inspiração do Evangelho, realiza milagres de trabalho e contentamento, bom ânimo e carinho.
Atende, acima de tudo, às lições do bem.
A caridade é Jesus conosco.
A mão que escreve um livro nobre é respeitável e generosa; todavia, a mão que socorre a um doente é sublime e santa.
O coração que compreende e ajuda, supera, em grandeza, a inteligência que estuda e ensina.
Sê o abençoado instrumento da paz e da alegria daqueles que te rodeiam.
No silêncio e no anonimato do trabalho espiritual em casa, podes, hoje. Semear a glória e a felicidade que, amanhã, brilhando em tua alma eternamente."
(Emmanuel, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"OS INCRÉDULOS NÃO PODEM VER PARA SE CONVENCEREM"





"Visitante – São os fatos positivos que os incrédulos querem ver, que eles pedem e, na maioria das vezes, não se pode lhes fornecer. Se todo mundo pudesse testemunhar esses fatos, a dúvida não seria mais permitida. Como ocorre, pois, que tanta gente nada tenha podido ver, malgrado sua boa vontade? Se os contesta dizendo faltar-lhes fé, a isso respondem, com razão, que não podem ter uma fé antecipada, e que se quer que eles creiam é preciso dar-lhes os meios de crerem.


A.K. – A razão é bem simples. Eles querem os fatos sob seu comando e os Espíritos não obedecem a ele; é preciso esperar sua boa vontade. Não basta, pois, dizer: mostre-me tal fato e eu crerei; é preciso ter vontade e perseverança, deixar os fatos se produzirem espontaneamente, sem pretender forçá-los ou dirigi-los. Aquele que desejais, talvez seja precisamente o que não obtereis; mas se apresentarão outros, e aquele que quereis virá no momento em que menos esperais. Aos olhos do observador atento e assíduo, os fatos se somam e se corroboram uns aos outros, mas aquele que crê bastar virar uma manivela para mover a máquina, se engana extraordinariamente. Que faz o naturalista que quer estudar os costumes de um animal? Leva-o a fazer tal ou tal coisa para ter todo o tempo de observação à sua vontade? Não, porque sabe bem que não será obedecido; ele espreita as manifestações espontâneas do seu instinto; espera-as e as apreende quando ocorrem. O simples bom-senso mostra que, por mais forte razão, deve ocorrer o mesmo com os Espíritos, que são inteligências com independência bem diversa da dos animais.


É um erro crer que a fé seja necessária; mas a boa fé é outra coisa. Ora, há cépticos que negam até a evidência, e que os prodígios não poderiam convencer. Quantos há que, depois de terem visto, não persistem menos em explicar os fatos à sua maneira, dizendo que isso não prova nada! Essas pessoas não servem senão para levar a perturbação às reuniões, sem proveito para elas mesmas; é por isso que as repelimos e não queremos perder tempo com elas. Ocorre mesmo que ficariam bem irritadas de serem forçadas a crer, porque seu amor próprio sofreria em concordar que estavam enganadas. Que responder a essas pessoas que não vêem por toda parte senão a ilusão e o charlatanismo? Nada; é preciso deixá-las tranqüilas e dizer, tanto como querem, que elas nada viram, e mesmo que não se pôde ou não se quis fazê-las ver.


Ao lado desses cépticos endurecidos, há aqueles que querem ver à sua maneira; que tendo formado uma opinião, querem com ela tudo relacionar: eles não compreendem que os fenômenos não possam obedecer à sua vontade; eles não sabem, ou não querem, se colocar nas condições necessárias. Aquele que quer observar de boa-fé deve – não digo crer sob palavra, mas se despojar de toda idéia preconcebida – não querer comparar coisas incompatíveis. Deve esperar, continuar, observar com uma paciência infatigável; esta condição mesma está a favor dos adeptos, uma vez que ela prova que sua convicção não se formou levianamente. Tendes essa paciência? Não, dizeis, eu não tenho tempo. Então não vos ocupeis com os fenômenos, nem deles faleis; ninguém a isso vos obriga."
("O que é o Espiritismo", Allan Kardec)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"MISSIVA DE IRMÃ"

"(...)Sei quantas indagações e quantas preocupações fluem de seu pensamento, perante a vida.
Observo quão enorme se faz, por vezes, a sua luta íntima no anseio de liquidar os enigmas...
Entretanto, é imprescindível não nos imobilizarmos à frente desse daquele problema que só tempo conseguirá resolver.Nosso passado é feito de milênios incontáveis.
Vigorosas raízes nos vinculam a essa ou aquela circunstância e nos constrangem a figurar
nesse ou naquele acontecimento. Tenhamos fé em Deus e boa vontade para com todos e
vivamos o presente, oferecendo-lhe o melhor de nossa vida, reconhecendo que a sua Vontade
Superior se expressa na rede de criaturas e fatos que nos enlaça, cada dia.
Que amor verdadeiro nos inspire os mínimos atos, nas menores parcelas do tempo, de vez que só esse sentimento vasto, que Jesus nos legou, representa a força dissolvente das cadeias
pesadas que nos prendem, ainda, aos cárceres do pretérito.(...)"
(Nina, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"FALSAS EXPLICAÇÕES DOS FENÓMENOS"

"Alucinação – Fluido magnético – Reflexo do pensamento – Superexcitação cerebral – Estado sonambúlico dos médiuns.


Visitante – É contra os fenômenos provocados que se exerce, sobretudo, a crítica. Coloquemos de lado toda suposição de charlatanismo, e admitamos uma inteira boa-fé; não se poderia pensar que eles próprios são joguetes de uma alucinação?


A.K. – Não é do meu conhecimento que se tenha, ainda, explicado claramente o mecanismo da alucinação. Tal como é entendida, é, todavia, um efeito muito singular e digno de estudo. Como, pois, aqueles que, através dela, pretendem explicar os fenômenos espíritas não podem explicitar sua explicação? Aliás, há fatos que escapam a essa hipótese: quando uma mesa, ou um outro objeto, se move, se eleva ou bate; quando ela passeia à vontade num quarto sem o contacto de alguém; quando ela se desprende do solo e se sustém no espaço, sem ponto de apoio; enfim, quando ela se quebra caindo, certamente isso não é uma alucinação. Supondo-se que o médium, por um efeito de sua imaginação, creia ver o que não existe, é provável que todo um grupo esteja tomado da mesma vertigem? que se repita por todos os lados, em todos os países? A alucinação, nesse caso, seria mais prodigiosa que o fato.


Visitante – Admitindo-se a realidade do fenômeno das mesas girantes e batedoras, não é mais racional atribuí-lo à ação de um fluido qualquer, o fluido magnético por exemplo?


A.K. – Tal foi o primeiro pensamento e eu o tive como tantos outros. Se os efeitos tivessem se limitado aos efeitos materiais, ninguém duvida que poder-se-ia explicar assim. Mas quando esses movimentos e golpes deram provas de inteligência, quando se reconheceu que respondiam ao pensamento com inteira liberdade, tirou-se esta conseqüência: se todo efeito tem causa, todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. É isso o efeito de um fluido, a menos que se diga que esse fluido é inteligente? Quando vedes o manipulador do telégrafo fazer os sinais que transmitem o pensamento, sabeis bem que não são esses braços de madeira ou de ferro que são inteligentes, mas dizeis que uma inteligência os faz mover. Ocorre o mesmo com a mesa. Há, sim ou não, efeitos inteligentes? Esta é a questão. Aqueles que a contestam, são pessoas que não puderam ver tudo e se apressam em concluir segundo suas próprias idéias e sobre uma observação superficial.


Visitante – A isso responde-se que se há um efeito inteligente ele não é outra coisa senão a própria inteligência, seja do médium, seja do interrogante, seja dos assistentes; porque, diz-se, a resposta está sempre no pensamento de alguém.


A.K. – Isso é ainda um erro, conseqüente de uma falsa observação. Se aqueles que assim pensam tivessem se dado ao trabalho de estudar o fenômeno em todas as suas fases, teriam, a cada passo, reconhecido a independência absoluta da inteligência que se manifesta. Como essa tese poderia se conciliar com respostas que estão fora da capacidade intelectual e de instrução do médium? que contradizem suas idéias, seus desejos, suas opiniões, ou que confundem completamente as previsões dos assistentes? de médiuns que escrevem em um idioma que não conhecem, ou em seu próprio idioma, quando eles não sabem nem ler nem escrever? Essa opinião, à primeira vista, não tem nada de irracional, eu convenho, porém, ela é desmentida pelos fatos de tal modo numerosos e concludentes, dos quais não é mais possível duvidar.


De resto, admitindo-se mesmo essa teoria, o fenômeno, longe de ser simplificado, seria bem mais prodigioso. Ora, o pensamento se refletiria sobre uma superfície como a luz, o som e o calor? Na verdade, haveria nisso motivo para exercer a sagacidade da ciência. Aliás, o que se adicionaria ainda ao maravilhoso, é que, sobre vinte pessoas reunidas, seria precisamente o pensamento de tal ou tal que seria refletido, e não o pensamento de tal outra. Um semelhante sistema é insustentável. É verdadeiramente curioso ver os contraditores se esforçarem em procurar causas cem vezes mais extraordinárias e difíceis de compreender do que as que se lhes fornece.


Visitante – Não se poderia admitir, segundo a opinião de alguns, que o médium está em um estado de crise e goze de uma lucidez que lhe dá uma percepção sonambúlica, uma espécie de dupla vista, o que explicaria a extensão momentânea das faculdades intelectuais? Por que, diz-se, as comunicações obtidas pelo médium não ultrapassam a importância daqueles que se obtêm pelos sonâmbulos?


A.K. – É isso, ainda, um desses sistemas que não suporta um exame aprofundado. O médium não está em crise, nem em sono, mas perfeitamente desperto, agindo e pensando como todo o mundo, sem nada ter de extraordinário. Certos efeitos particulares puderam dar lugar a esse equívoco. Mas, qualquer um que não se limite a julgar as coisas por um único aspecto, reconhecerá, sem esforço, que o médium é dotado de uma faculdade particular que não permite confundi-lo com o sonâmbulo, e a completa independência do seu pensamento é provada por fatos da máxima evidência. Abstração feita das comunicações escritas, qual é o sonâmbulo que fez brotar um pensamento de um corpo inerte? que produziu aparições visíveis e mesmo tangíveis? que pode manter um corpo pesado no espaço sem ponto de apoio? Foi por um efeito sonambúlico que um médium desenhou, um dia, para mim, em presença de vinte testemunhas, o retrato de uma jovem que morreu dezoito meses antes e que jamais havia conhecido, retrato reconhecido pelo pai presente à sessão? É por um efeito sonambúlico que uma mesa responde com precisão às questões propostas, mesmo mentalmente? Seguramente, se se admite que o médium esteja em um estado magnético, me parece difícil crer-se que a mesa seja sonâmbula.


Diz-se, ainda, que os médiuns não falam claramente senão de coisas conhecidas. Como explicar o fato seguinte e cem outros do mesmo gênero? Um de meus amigos, muito bom médium escrevente, perguntou a um Espírito se uma pessoa, que ele havia perdido de vista há quinze anos, estava ainda neste mundo. "Sim, ela vive ainda, respondeu-lhe; ela mora em Paris, à rua tal, número tal." Ele vai e encontra a pessoa no endereço indicado. É isso ilusão? Seu pensamento poderia tanto menos sugerir-lhe essa resposta pois, em razão da idade da pessoa, havia toda possibilidade de que ela não existisse mais. Se, em certos casos, viram-se respostas concordarem com o pensamento, é racional concluir daí que isso seja uma lei geral? Nisso, como em todas as coisas, os julgamentos precipitados são sempre perigosos, porque podem estar enfraquecidos pela não observação dos fatos."
("O que é o Espiritismo", Allan Kardec)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Senhor das Bençãos..."

"Senhor das Bênçãos, não me relegues aos inconscientes desejos que nascem de mim e sustenta-me abençoado caminho da vida reta em que devo negar a mim mesmo, tomar a cruz salvadora de minhas próprias obrigações e marchar ao Teu encontro, hoje e sempre."
(Emmanuel, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"ORIENTAÇÃO"

"Meu irmão:
Que Jesus nos abençoe a todos, fortalecendo-os nas realizações do seu Reino Divino.
O caminho é ainda o mesmo -não temos roteiro diferente daquele traçado pelo Divino
Mestre à nossa atividade.
Servir sem recompensa.
Amar sem reclamações.
Amparar aqueles que nos ferem.
Auxiliar aos que não nos compreendem ainda.
Orar pelos que tentam perturbar-nos.
Levantar os que caem ao longo dos caminhos.
Viver os ensinamentos do bem, antes de transmiti-los a outrem.
Edificar o Reino do Senhor, dentro de nós mesmos, sem exigirmos a construção evangélica
dos vizinhos.
Converter-nos substancialmente ao bem; com o Cristo colaborar na paz de todos, sem
esperar retribuição do próximo.
Confiarmos em Jesus, ainda que tudo constitua ameaça em nosso derredor.
Estes, meu amigo, são princípios de nossa orientação que não devemos menosprezar em
tempo algum.
Prossegue, com a tua sinceridade de aprendiz fiel do Evangelho, através do caminho áspero.
Não te desvie a tempestade que modifica e renova os quadros em torno.
Acende a tua luz e serve ao Senhor, servindo às criaturas.
Na realização deste sagrado propósito reside, hoje, aqui e agora, a nossa imediata missão.
Que o Senhor te abençoe."
(Emmanuel, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"OURO E AMOR"

"Há expressivos depósitos de ouro nas organizações bancárias de todos os povos; e as nações continuam gemendo sob o guante da guerra.
Há toneladas de ouro no corpo ciclópico da Terra; e, na crosta planetária, há quem chore nos braços constringentes da enfermidade e da fome.
Há imensa quantidade de ouro no seio do oceano; e a dor abarca todos os continentes.
Há ouro nas casas nobres; e os pequenos castelos, da ilusória felicidade humana, padecem o assalto de extremas desilusões.
Há ouro nos templos de pedra; e os crentes da fé religiosa permanecem famintos de paz e consolação.
Há ouro na indumentária de sacerdotes e magistrados, de homens poderosos e de mulheres felizes, entretanto, os museus gelados aguardam essas peças preciosas que se movimentam no rumo do silêncio e da morte.
Acima do ouro, porém, reina o amor no coração humano; amor que sorri para os infortunados e lhes renova o bom ânimo; que trabalha para o bem comum e preserva os tesouros
da vida; que se sacrifica e acende imperecível claridade para séculos inteiros; que se gasta, em serviço aos semelhantes, sem jamais consumir-se...
Não esperes, assim, pelo ouro para fazer o bem.
Desenterra o talento do amor que jaz oculto em teu peito e tua existência brilhara, para os homens, por abençoado sol de alegria e esperança.
Jesus não possuía uma caixa forte para exibir virtude, segurança e poder, mas, alçando o próprio coração na cruz, em nome do amor, converteu-se na eterna mensagem de luz que
redimirá o mundo inteiro."
(Emmanuel, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"VIDA ÍNTIMA"



"Quando pensas na dor, invocas a presença do infortúnio.
Quando meditas no mal, intensificas-lhe o crescimento.
Quando refletes na tristeza, agiganta-se a amargura.
Quando te aconselha com a desconfiança, golpeias a própria fé.
Quando desejas prazeres inferiores, atrais a força tenebrosa que te servirá em lastimáveis
realizações.
Quando pensas, porém, na alegria do trabalho, o trabalho acrescentar-te-á alegria.
Quando meditas no bem , o bem virá em teu auxilio.
Quando te entendes com a fé, o otimismo e a segurança escudar-te-ão o espírito.
Não abandones o campo íntimo.
Teu desejo - tua meta.
Tua consciência - teu condutor.
De nosso próprio coração nasce a corrente que nos levará aos cimos resplendentes da
vida ou aos escuros abismos da morte."
(Ismael Souto, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"OBSTÁCULO"



          "Quando te sintas sob o frio do desengano, não creias que o esforço que despendeste no bem haja sido infrutífero.
          O desarranjo de certa máquina te ensina a paciência.
          O afastamento de um companheiro terá sido o meio de te acordar as energias adormecidas, para que te desenvolvas em ação mais ampla.
          O dinheiro que te era devido e ainda não recebeste é um convite da vida que trabalhes mais e melhor.
          A doença controlada ou vencida é uma lição que te auxilia a guardar a própria saúde.
          Quando a crise te busque, lembra-te de que o obstáculo está simplesmente instando contigo para que recomeces a própria tarefa, outra vez."
(“Neste instante”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"A iluminação do espírito..."

"A iluminação do espírito deve estar sempre em primeiro lugar. Cuidar do físico é importante, mas secundário. Aliás, sempre existirão enfermos do corpo físico e, de uma forma ou de outra, todos nós teremos a morte física. Mas o espírito é imortal e a educação deste é que o realmente importa. Se o homem trouxesse o Cristo no íntimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado. A compreensão do Evangelho e da exemplificação do Mestre renovaria as noções de dor e sofrimento. O necessitado encontraria recursos no próprio esforço, o doente sentiria, na enfermidade mais longa, um escoadouro das imperfeições; ninguém seria mendigo, porque todos teriam luz cristã para o auxílio mútuo, e, por fim, os obstáculos da vida seriam amados como corrigendas benditas de Pai amoroso a filhos inquietos."

(Paulo de Tarso, na obra "Paulo e Estevão", Emmanuel/Franciscco Cândido Xavier)

"QUANTO MAIS"

 "Abençoai sempre as vossas dificuldades e não as lastimeis, considerando que Deus nos concede sempre o melhor e o melhor tendes obtido constantemente com a possibilidade de serdes mais úteis.


*


          Quanto mais auxiliardes aos outros, mais amplo auxílio recebereis da Vida Mais Alta.


*


          Quanto mais tolerardes os contratempos do mundo, mais amparados sereis nas emergências da vida, em que permaneceis buscando paz e progresso, elevação e luz.


*


          Quanto mais liberdade concederdes aos vossos entes amados, permitindo que eles vivam a existência que escolheram, mais livres estareis para obedecer a Jesus, construindo a vossa própria felicidade.


*


          Quanto mais compreenderdes os que vos partilham os caminhos humanos, mais respeitados vos encontrareis de vez que, quanto mais doardes do que sois em benefício alheio, mais ampla cobertura de amparo do Senhor assegurará a tranquilidade em vossos passos.


*


          Continuemos buscando Jesus em todos os irmãos da Terra, mas especialmente naqueles que sofrem problemas e dificuldades maiores que os nossos obstáculos, socorrendo e servindo e sempre mais felizes nos encontraremos sob as bênçãos dele, nosso Mestre e Senhor."


(Bezerra de Menezes, na obra  “Caridade", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"Bem-aventurados..."

"- Bem – aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando
em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que
lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução."
(Irmão X, na obra "Relicário de Luz", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

"A origem de todos os males..."

"A origem de todos os nossos males está em nossa falta de
saber e em nossa inferioridade moral. Toda sociedade permanecerá fraca e dividida enquanto a desconfiança, a dúvida, o egoísmo, a inveja e o ódio a dominarem. Não se transforma uma sociedade por meio das leis. As leis e as instituições não seriam
nada sem os costumes, sem as crenças elevadas. Quaisquer
que sejam a forma política e a legislação de um povo, se ele possui bons costumes e convicções firmes, será sempre mais feliz
e mais poderoso do que um outro povo de moralidade inferior.

Para melhorar a forma de uma sociedade, sendo ela o resultado
das forças individuais, boas ou más, é preciso agir inicialmente
sobre a inteligência e a consciência dos indivíduos."
("O Problema da Dor", Léon Denis)

domingo, 25 de dezembro de 2011

"OPOSIÇÃO DA CIÊNCIA"







"Visitante – Vós dizeis que vos apoiais sobre fatos; mas se vos opõe a opinião dos sábios que os contestam ou que os explicam de maneira diversa da vossa. Por que eles não encamparam o fenômeno das mesas girantes? Se eles tivessem visto nelas alguma coisa de sério, não teriam, me parece, negligenciado de fatos tão extraordinários, e ainda menos de os repelir com desdém, ao passo que eles estão todos contra vós. Os sábios não são o farol das nações e seu dever não é de espalhar a luz? Por que quereríeis que eles a tivessem abafado, quando se lhes apresentava uma tão bela ocasião de revelar ao mundo uma força nova?


A.K. – Acabais de traçar o dever dos sábios de um modo admirável; pena que o tenham olvidado em mais de uma circunstância. Mas antes de responder a esta judiciosa observação, eu devo revelar um erro grave que vós haveis cometido, dizendo que todos os sábios estão contra nós. Como já disse, é precisamente na classe esclarecida que o Espiritismo faz mais prosélitos, e isso em todos os países do mundo. Eles se contam, em grande número, entre os médicos de todas as nações, e são homens de Ciência. Os magistrados, os professores, os artistas, os homens de letras, os oficiais, os altos funcionários, os grandes dignitários, os eclesiásticos, etc., que se alinham sob sua bandeira, todos são pessoas às quais não se pode recusar uma certa dose de luz. Não há sábios senão na ciência oficial e nos corpos constituídos?


Do fato de o Espiritismo não ter ainda direito de cidadania na ciência oficial é motivo para condená-lo? Se a Ciência não tivesse jamais se enganado, aqui sua opinião poderia pesar na balança; infelizmente, a experiência prova o contrário. Não foram rejeitadas como quimeras uma multidão de descobertas que, mais tarde, ilustraram a memória de seus autores? Não foi a um relatório de nosso primeiro corpo de sábios que deve a França ter sido privada da iniciativa do vapor? Quando Fulton veio ao campo de Bolonha apresentar seu sistema a Napoleão I, que o recomendou ao exame imediato do Instituto, este não concluiu que esse sistema era um sonho impraticável e não tinham tempo para com ele se ocupar? É preciso concluir que os membros do Instituto são ignorantes? Isso justifica os epítetos triviais, e de mau gosto, que certas pessoas se comprazem em lhes prodigalizar? Seguramente que não; não há pessoa sensata que não renda justiça ao seu eminente saber, embora reconhecendo que eles não são infalíveis e que, assim, seu julgamento não é o de última instância, sobretudo em fatos de idéias novas.


Visitante – Eu admito perfeitamente que eles não são infalíveis; mas não é menos verdadeiro que, em razão do seu saber, sua opinião tem algum valor, e se os tivésseis convosco isso daria um grande peso ao vosso sistema.


A.K. – Vós admitis também que cada um não é bom juiz senão naquilo que é da sua competência. Se quereis construir uma casa, procurais um músico? Se estivésseis doente, vos faríeis cuidar por um arquiteto? Se tivésseis um processo, procuraríeis a opinião de um dançarino? Enfim, se se trata de uma questão de teologia, a fareis resolver por um químico ou um astrônomo? Não; cada um em seu trabalho. As ciências vulgares repousam sobre as propriedades da matéria que se pode manipular à vontade, e os fenômenos que ela produz têm por agentes as forças materiais. Os do Espiritismo têm por agentes inteligências independentes, que têm seu livre arbítrio e não estão submetidas aos nossos caprichos. Eles escapam, assim, aos nossos procedimentos de laboratório e aos nossos cálculos e, desde então, não são mais da alçada da Ciência propriamente dita.


A ciência, pois, enganou-se quando quis experimentar os Espíritos como uma pilha voltaica; ela fracassou, e assim deveria sê-lo porque usou uma analogia que não existe. Depois, sem ir mais longe, ela concluiu pela negativa. Julgamento temerário que o tempo se encarrega, todos os dias, de reformar, como reformou muitos outros, e aqueles que o tiverem pronunciado, passarão pela vergonha de se inscreverem, muito levianamente, por falsearem contra o poder infinito do Criador.


As corporações científicas não têm, e não terão jamais, que se pronunciar sobre a questão; ela não é mais da sua alçada que a de decretar se Deus existe, ou não. Portanto, é um erro fazer delas juízes. O Espiritismo é uma questão de crença pessoal que não pode depender do voto de uma assembléia, porque esse voto, mesmo favorável, não pode forçar as convicções. Quando a opinião pública estiver formada a esse respeito, os sábios, como indivíduos, a aceitarão, e suportarão a força das coisas. Deixai passar uma geração e, com ela, os preconceitos do amor-próprio em que se obstina, e vereis que ocorrerá com o Espiritismo como ocorreu com tantas outras verdades antes combatidas, e que agora seria ridículo pô-las em dúvidas. Hoje são aos crentes que se chama de loucos; amanhã serão todos os que não creiam; da mesma forma como se chamou de loucos outrora, aqueles que criam que a Terra girava.


Mas todos os sábios não julgaram da mesma forma, e por sábios eu entendo os homens de estudo e de ciência, com ou sem título oficial. Muitos fizeram o seguinte raciocínio:


"Não há efeito sem causa, e os mais vulgares efeitos podem conduzir ao caminho dos maiores problemas. Se Newton tivesse desprezado a queda de uma maçã; se Galvani tivesse menosprezado sua criada, tratando-a de louca e visionária quando ela lhe falou das rãs que dançavam no prato, talvez estivessem ainda por serem descobertas a admirável lei da gravitação universal e as fecundas propriedades da pilha. O fenômeno que se designa sob o nome burlesco de dança das mesas, não é mais ridículo que o da dança das rãs, e talvez encerre, também, um desses segredos que revolucionam a Humanidade quando se tem sua chave".


Disseram ainda, por outro lado: "Uma vez que tantas pessoas deles se ocupam, uma vez que homens sérios deles fizeram um estudo, é preciso que haja aí alguma coisa. Uma ilusão, se se quer, não pode ter caráter de generalidade. Ela pode seduzir um círculo, uma comunidade, mas não o mundo todo. Guardemo-nos, pois, de negar a possibilidade do que não compreendemos sob pena de receber, cedo ou tarde, um desmentido que não fará o elogio da nossa perspicácia."


Visitante – Muito bem, eis um sábio que raciocina com sabedoria e prudência e, sem ser sábio, penso como ele. Mas anotai que não afirma nada: ele duvida. Ora, sobre o que basear a crença na existência dos Espíritos e, sobretudo, na possibilidade de comunicação com eles?


A.K. – Essa crença se apóia sobre o raciocínio e sobre os fatos. Eu mesmo não a adotei senão depois de um maduro exame. Tendo adquirido, nos estudos das ciências exatas, o hábito das coisas positivas, eu sondei, perscrutei essa nova ciência em seus detalhes mais ocultos. Eu quis conhecer tudo, porque não aceito uma idéia senão quando lhe conheço o porquê e o como. Eis o raciocínio que me fez um sábio médico, outrora incrédulo, e hoje adepto fervoroso:


"Diz-se que os seres invisíveis se comunicam; e por que não? Antes da invenção do microscópio, supunha-se a existência desses bilhões de animálculos que causam tantos prejuízos na economia? Onde está a impossibilidade material de que haja no espaço seres que escapam aos nossos sentidos? Teríamos por acaso a ridícula pretensão de tudo saber e de dizer a Deus que ele nada mais nos pode ensinar? Se esses seres invisíveis que nos cercam são inteligentes, por que não se comunicariam conosco? Se eles estão em relação com os homens, devem desempenhar um papel na vida, nos acontecimentos. Quem sabe? pode ser uma das forças da Natureza, uma dessas forças ocultas que não supúnhamos existir. Que novo horizonte isso abriria ao pensamento! Que vasto campo de observação! A descoberta do mundo dos seres invisíveis seria diversa da dos infinitamente pequenos; isso seria mais que uma descoberta, seria uma revolução nas idéias. Que luz pode dela jorrar! quantas coisas misteriosas seriam explicadas! Aqueles que crêem nisso, são ridicularizados; mas o que isso prova? Não ocorreu o mesmo com todas as grandes descobertas? Cristóvão Colombo não foi repelido, coberto de desgostos e tratado como insensato? Essas idéias, diz-se, são tão estranhas que nelas não se pode crer. Mas, àquele que tivesse dito, há somente meio século, que em alguns minutos poder-se-ia corresponder de uma parte à outra do mundo; que em algumas horas, atravessar-se-ia a França; que com o vapor de um pouco de água fervente um navio avançaria contra o vento; que se tiraria da água os meios de se iluminar e aquecer; que tivesse proposto iluminar toda Paris em um instante com um só reservatório de uma substância invisível, teria sido caçoado. É, pois, uma coisa mais prodigiosa que o espaço seja povoado por seres pensantes que, depois de terem vivido sobre a Terra, deixaram seus envoltórios materiais? Não se encontra nesse fato a explicação de uma multidão de crenças que remontam à mais alta antigüidade? Semelhantes coisas bem que valem a pena serem aprofundadas."


Eis as reflexões de um sábio, mas de um sábio sem pretensão, e que também o são de uma multidão de homens esclarecidos que viram, não superficialmente e com prevenção, e estudaram seriamente sem tomarem partido, mas que tiveram a modéstia de não dizer: eu não compreendo, portanto, isso não é verdade. Sua convicção formou-se pela observação e pelo raciocínio. Se essas idéias fossem quiméricas, pensais que todos esses homens de elite as teriam adotado? que tivessem estado muito tempo vítima de uma ilusão?


Não há, pois, impossibilidade material à existência de seres invisíveis para nós e povoando o espaço, e só essa consideração deveria levar a uma maior circunspecção. Há pouco tempo, quem poderia pensar que uma gota de água límpida poderia encerrar milhares de seres de uma pequenez que confunde nossa imaginação? Ora, eu digo que era mais difícil à razão conceber seres de uma tal pequenez, providos de todos os nossos órgãos e funcionando como nós, que admitir aqueles que nós nomeamos Espíritos.


Visitante – Sem dúvida; mas do fato de uma coisa ser possível, não se segue que ela exista.


A.K. – De acordo; mas convireis que já é uma grande coisa desde que ela não é impossível, porque não tem nada que repugne à razão. Resta, pois, constatá-la pela observação dos fatos. Essa observação não é nova: a História, tanto sacra como profana, prova a antigüidade e a universalidade dessa crença, que se perpetuou através de todas as vicissitudes do mundo, e se encontra entre os povos mais selvagens, no estado de idéias inatas e intuitivas, gravadas no pensamento, como a do Ser Supremo e da existência futura. O Espiritismo, portanto, não é criação moderna, muito longe disso; tudo prova que os antigos o conheciam tão bem e talvez melhor que nós. Somente ele não foi ensinado senão com precauções misteriosas que o tornaram inacessível ao vulgo, deixado propositadamente na difícil situação supersticiosa.


Quanto aos fatos, eles são de duas naturezas: espontâneos e provocados. Entre os primeiros, é preciso situar as visões e aparições, que são muito freqüentes; os ruídos, barulhos e movimentação de objetos sem causa material, e uma multidão de efeitos insólitos que se considerava como sobrenaturais, e que, hoje, nos parecem muito simples, porque, para nós, não há nada de sobrenatural uma vez que tudo se esconde nas leis imutáveis da Natureza. Os fatos provocados são aqueles que se obtêm por intermédio dos médiuns."
("O que é o Espiritismo", Allan Kardec)

"Honremos o posto de ação em que fomos localizados..."

"Honremos o posto de ação em que fomos localizados.
Diante da Lei, não há serviço aviltante.
As mãos que assinam decretos não vivem sem aquelas outras que preparam a mesa.
Os braços que conduzem arados são apoios daqueles outros que movem as máquinas poderosas.
Suor na indústria é sustento de todos.
Asseio na rua é proteção à comunidade.
Não vale amontoar rótulos passageiros, nem atabalhoar-se com muitos compromissos ao mesmo
tempo.
Importa, acima de tudo, fazer bem o que se deve fazer."
("Justiça Divina", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"COMPAIXÃO E JUSTIÇA"

"(...)Deus dá a semente, mas pede serviço para que o pão apareça; espalha ensinamentos, mas
pede estudo para que haja aprimoramento do espírito.
Não procures enganar a ti mesmo, aguardando compaixão sem justiça.
Anota os fenômenos da existência e reconhecerás que a vida te concede guias e explicadores, estradas e máquinas; no entanto, exige que penses com a própria cabeça e andes com os próprios pés.
Afirma Allan Kardec: «certo, a misericórdia de Deus é infinita, mas não é cega»
E Jesus, encarecendo a responsabilidade que nos supervisiona os caminhos, adverte-nos
no versículo trinta e três do capitulo treze, no Evangelho de Marcos: «Olhai, vigiai e orai...»
Observemos que o apelo á prudência não inclui simplesmente o « vigiai» e o «orai», e sim,
começa, com ampla objetividade, pelo imperativo categórico: «Olhai»."
("Justiça Divina", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"Nos tribunais da imortalidade..."

"Nos tribunais da imortalidade, cada espírito devedor resgata as suas próprias contas. No entanto, em todas as circunstâncias, saibamos semear o bem esparzir o bem, sustentar o
bem e cooperar para o bem, de vez que as nossas ações provocam 
nos outros ações semelhantes, e se aquele que faz o mal é passível de pena, aquele que organiza o mal, conscientemente, sofrerá pena maior."

("Justiça Divina", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

sábado, 24 de dezembro de 2011

"PRECE PELO NATAL"



"Meus amigos, Deus nos conceda muita paz ao coração, renovando-nos as forças no trabalho de cada dia.
Associando-nos ao nosso irmão Arthur, desejamo-vos um Natal cheio de venturas de espírito.
Em oração de reconhecimento, lembramos que o vosso mundo está, como outrora, mergulhado em profunda noite, noite dolorosa e fria, em que há tantos corações maternos adoentados.
Mas nossa esperança volta-se para a manjedoura singela.
A estrela sublime ainda brilha no céu de nossas consciências, indicando o Berço Divino.
Essa estrela é o Evangelho.
Sua claridade nos conduzirá à simplicidade de nosso próprio mundo interior, a fim que aí se opere o Novo Nascimento de Cristo.
Na Manjedoura antiga nasceu o Salvador, na Manjedoura íntima deve surgir o Mestre.
Sejamos seus discípulos em espírito e verdade.
Outrora, celebramos o acontecimento com os hinos de louvor. Celebremo-lo, agora, com o devotamento e a compreensão de cada dia.
Deus nos proteja sempre."
(Emmanuel, na obra "Saudação do Natal", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

Feliz Natal!

A todos os amigos e leitores deste espaço, desejo um feliz tempo de Natal, a celebração da Vida.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"CULPA"



"A consciência de culpa é um dos algozes mais cruéis daquele que delinque.

Acompanhando o ser na vida além da vida, estabelece os mecanismos punitivos condizentes à gravidade do delito, a fim de purificar-se, resgatando a culpa mediante sofrimentos indescritíveis.

A consciência de culpa não permite ao equivocado evadir-se da sua presença, ínsita nele próprio.

Assoma, aos primeiros instantes após a desencarnação, abrindo espaços a obsessões severas, nas quais as vítimas ressurgem com aspecto deplorável, seja mediante a imaginação que elabora clichês de justiça, ou através da realidade que vincula o endividado ao devedor, estabelecendo os vínculos da aflição sem término.

Somente quando o ser descobre a necessidade da reparação, utilizando-se dos instrumentos do amor e da edificação íntima, é que luariza a paisagem lúgubre da consciência de culpa, dando lugar a honesta reabilitação propiciadora de paz.

Elegemos, para o nosso ministério de hoje, os Espíritos portadores de consciência culpada, por serem mais sofridos, mais carentes, batendo às portas de alguém que esteja ungido de compaixão para ajudá-los no trânsito difícil da sua reabilitação e, ao atendê-los, tenhamos todos em mente o ensinamento austero de Jesus advertindo-nos: "Aquele que se encontre isento de culpas atire a primeira pedra."

("Suave luz nas sombras", João Cléofas/Divaldo Pereira Franco)

"Pai..."

"— Pai, acende a Tua Divina Luz em torno de todos aqueles que Te olvidaram a bênção, nas sombras da caminhada terrestre.
Ampara os que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Ajuda aos que não se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da miséria e do infortúnio.
Socorre os que se não lembram de agradecer aos benfeitores.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos do vício, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram a obrigação de serviço ao próximo.
Apiada-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.
Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência na carne é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da Eternidade.
Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.
Corrige os que espalharam a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes.
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.
Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver-te o juízo, condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho dos outros com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.
Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença de morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.
Esclarece os que se perderam nas trevas do ódio e da vingança, da ambição transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando não passam de escravos, dignos de compaixão, diante de teus sublimes desígnios.
Eles todos, Pai, são delinqüentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por Tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem..."
("Jesus no Lar", Neio Lúcio/Francisco Cândido Xavier)

"O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL"



"Visitante – O Espiritismo, evidentemente, tende a reviver as crenças fundadas sobre o maravilhoso e o sobrenatural. Ora, no nosso século de positivismo, isso me parece difícil, porque é recomendar superstições e erros populares já julgados pela razão.


A.K. – Uma idéia não é supersticiosa senão porque ela é falsa; ela cessa de sê-lo desde o momento em que é reconhecida verdadeira. A questão, pois, é saber se há, ou não, manifestações de Espíritos. Ora, vós não podeis taxar a coisa de supersticiosa visto que não haveis provado que ela não existe. Direis: minha razão as recusa; mas todos aqueles que nelas crêem, e que não são tolos, invocam também sua razão, e mais, invocam os fatos. Qual das duas razões deve prevalecer? O grande juiz, aqui, é o futuro, como o foi em todas as questões científicas e industriais taxadas de absurdas e impossíveis em sua origem. Vós julgais a priori segundo vossa opinião. Nós não julgamos senão depois de ter visto e observado durante muito tempo. Acrescentamos que o Espiritismo esclarecido, como o é hoje, tende, ao contrário, a destruir as idéias supersticiosas porque ele mostra aquilo que há de verdadeiro e de falso nas crenças populares, e tudo aquilo que a ignorância e os preconceitos nela introduziram de absurdo.


Eu vou mais longe e digo que é precisamente o positivismo do século que faz aceitar o Espiritismo e a ele é que deve sua rápida propagação, e não, como alguns o pretendem, a uma recrudescência do amor ao maravilhoso e ao sobrenatural. O sobrenatural desaparece diante da luz da ciência, da filosofia e da razão, como os deuses do paganismo desapareceram diante da luz do Cristianismo.


O sobrenatural é o que está fora das leis da Natureza. O positivismo não admite nada fora dessas leis; mas as conhece todas? Em todos os tempos, os fenômenos cuja causa era desconhecida foram reputados sobrenaturais; cada nova lei descoberta pela Ciência recuou os limites do sobrenatural. Pois bem! o Espiritismo vem revelar uma lei segundo a qual a conversação com o Espírito de um morto repousa sobre uma lei tão natural como aquela que permite à eletricidade estabelecer contacto entre dois indivíduos a quinhentas léguas de distância; e assim todos os outros fenômenos espíritas. O Espiritismo repudia, no que lhe concerne, todo efeito maravilhoso, quer dizer, fora das leis da Natureza. Ele não faz nem milagres, nem prodígios, mas explica, em virtude de uma lei, certos efeitos reputados até hoje como milagres e prodígios, e por isso mesmo demonstra sua possibilidade. Amplia assim o domínio da Ciência, e é nisso que ele próprio é uma ciência. Mas a descoberta dessa nova lei, ocasionando conseqüências morais, a codificação dessas conseqüências fez dele uma doutrina filosófica.


Neste último ponto de vista ele responde às aspirações do homem, no que diz respeito ao futuro, sobre bases positivas e racionais e é por isso que ele convém ao Espírito positivista do século. É o que vós compreendereis quando vos derdes ao trabalho de estudá-lo. (O Livro dos Médiuns, cap. II - Revista Espírita, dezembro de 1861, página 393, e janeiro de 1862, página 21 – Veja-se também, adiante, o cap. II)."
("O que é o Espiritismo", Allan Kardec)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"PALAVRAS DA VIDA ETERNA"

“Tu tens as palavras da vida eterna.”
Simão Pedro (João, 6:68)

"Rodeiam-te as palavras, em todas as fases da luta e em todos os ângulos do
caminho.
Frases respeitáveis que se referem aos teus deveres.
Verbo amigo trazido por dedicações que te reanimam e consolam.
Opiniões acerca de assuntos que te não dizem respeito.
Sugestões de variadas origens.
Preleções valiosas.
Discursos vazios que os teus ouvidos lançam ao vento.
Palavras faladas... palavras escritas...
Dentre as expressões verbalistas articuladas ou silenciosas, junto das quais a tua mente se desenvolve, encontrarás, porém, as palavras da vida eterna.
Guarda teu coração à escuta.
Nascem do amor insondável do Cristo, como a água pura do seio imenso da Terra.
Muitas vezes te manténs despercebido e não lhes assinalas o aviso, o cântico, a lição e a beleza.
Vigia no mundo, isolado de ti mesmo, para que lhes não percas o sabor e a claridade.
Exortam-te a considerar a grandeza de Deus e a viver de conformidade com as Suas Leis.
Referem-se ao Planeta como sendo nosso lar e à Humanidade como sendo a nossa família.
Revelam no amor o laço que nos une a todos.
Indicam no trabalho o nosso roteiro de evolução e aperfeiçoamento.
Descerram os horizontes divinos da vida e ensinam-nos a levantar os olhos para o mais alto e para o mais além.
"Palavras, palavras, palavras..."
Esquece aquelas que te incitam à inutilidade, aproveita quantas te mostram as obrigações justas e te ensinam a engrandecer a existência, mas não olvides as frases que te acordam para a luz e para o bem; elas podem penetrar o nosso coração, através de um amigo, de uma carta, de uma página ou de um livro, mas, no fundo,
procedem sempre de Jesus, o Divino Amigo das Criaturas.
Retém contigo as palavras da vida eterna, porque são as santificadoras do
espírito, na experiência de cada dia, e, sobretudo, o nosso seguro apoio mental nas
horas difíceis das grandes renovações."
("Fonte Viva", Emmanuel Francisco Cândido Xavier)

"Nas surpresas constrangedoras da marcha..."

"Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que, antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando, e nunca desfalecer."
("Fonte Viva", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

"IMPOTÊNCIA DOS DETRATOES"





"Visitante – Eu concordo que entre os detratores do Espiritismo há pessoas inconseqüentes, como esta de que acabais de falar; mas, ao lado destas, não há homens de um valor real e cuja opinião é de um certo peso?


A.K. – Eu não o contesto de modo algum. A isso respondo que o Espiritismo conta também em suas fileiras com um bom número de homens de um valor não menos real. Eu digo mais: que a imensa maioria dos espíritas se compõem de homens inteligentes e estudiosos. Só a má fé poder dizer que eles são recrutados entre os incautos e os ignorantes.


Um fato peremptório responde, aliás, a esta objeção: é que malgrado seu saber ou sua posição oficial, ninguém conseguiu deter a marcha do Espiritismo. Todavia, não há entre eles um só, desde o mais medíocre folhetinista, que não esteja se vangloriando de lhe vibrar o golpe mortal. Todos, sem exceção, ajudaram, sem o querer, a vulgarizá-lo. Uma idéia que resiste a tantos esforços, que avança sem tropeço através da fúria dos golpes que lhe dão, não prova sua força e a profundidade de suas raízes? Esse fenômeno não merece atenção dos pensadores sérios? Outros também se dizem hoje que ele deve ter alguma coisa, que pode ser um desses grandes e irresistíveis movimentos, que, de tempos em tempos, comovem as sociedades para transformá-las.


Assim o foi sempre com todas as idéias novas chamadas a revolucionarem o mundo. Elas encontram obstáculos, porque têm que lutar contra os interesses, os preconceitos, os abusos que elas vêm derrubar. Mas como estão nos desígnios de Deus, para cumprir a lei do progresso da Humanidade, quando a hora é chegada, nada saberia detê-las. É a prova de que elas são a expressão da verdade.


Essa impotência dos adversários do Espiritismo prova, primeiro, como eu o disse, a ausência de boas razões, uma vez que aqueles que se lhe opõem não convencem; ela, porém, se prende a uma outra causa que frustra todas as suas combinações. Espantam-se com o seu progresso, malgrado tudo o que fazem para detê-lo; ninguém lhe encontra a causa, porque a procuram onde ela não está. Uns a vêem na força do diabo, que se mostraria assim mais forte que eles, e mesmo que Deus, outros, no desenvolvimento da loucura humana. O erro de todos é crer que a fonte do Espiritismo é única, e que repousa sobre a opinião de um homem; daí a idéia de que arruinando a opinião desse homem, arruinarão o Espiritismo. Eles procuram essa fonte sobre a Terra, enquanto ela está no espaço; ela não está num lugar determinado, está por toda parte, porque os Espíritos se manifestam por toda parte, em todos os países, no palácio como na choupana. A verdadeira causa está, pois, na própria natureza do Espiritismo que não recebe seu impulso de uma pessoa só, mas que permite a cada um receber diretamente comunicações dos Espíritos e se assegurar assim da realidade dos fatos. Como persuadir a milhões de indivíduos que tudo isso não é senão malabarismo, charlatanismo, destreza, quando são eles mesmos que obtêm esses resultados sem o concurso de ninguém? Se lhes fará crer que são seus próprios companheiros que fazem charlatanismo e escamoteação só para eles?


Essa universalidade das manifestações dos Espíritos que vêm a todos os pontos do globo, vem dar um desmentido aos detratores e confirmar os princípios da doutrina; é uma força que não pode ser compreendida por aqueles que não conhecem o mundo invisível, da mesma forma que aqueles que não conhecem a lei da eletricidade não podem compreender a rapidez da transmissão de um telegrama. É contra essa força que vêm se quebrar todas as negações, porque é como se se dissesse às pessoas que recebem os raios do sol, que o sol não existe.


Abstração feita das qualidades da doutrina, que satisfaz mais do que aquelas que se lhe opõem, aí está a causa dos fracassos daqueles que tentam deter-lhe a marcha. Para terem sucesso seria preciso que encontrassem um meio de impedir os Espíritos de se manifestarem. Eis porque os espíritas tomam tão pouco cuidado com as suas manobras; eles têm a experiência e a autoridade dos fatos."
("O que é o Espiritismo", Allan Kardec)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"QUANDO HÁ LUZ"

“O amor do Cristo nos constrange.”
Paulo (2 Coríntios, 5:14)




"Quando Jesus encontra santuário no coração de um homem, modifica-se-lhe a marcha inteiramente.
Não há mais lugar dentro dele para a adoração improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante.
Algo de indefinível na terrestre linguagem transtorna-lhe o espírito.
Categoriza-o a massa comum por desajustado, entretanto, o aprendiz do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser.
Renova-se -lhe toda a conceituação da existência.
O que ontem era prazer, hoje é ídolo quebrado o que representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono.
Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar.
A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta-o
a servir sem descanso.
Converte-se -lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constante pressão das dores alheias.
A própria vida física afigura-se- lhe um madeiro, em que o Mestre se aflige. É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado.
O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral.
Insatisfeito, embora resignado; firme na fé, não obstante angustiado;
servindo a todos, mas sozinho em si mesmo, segue, estrada afora, impelido por ocultos e indescritíveis aguilhões...
Esse é o tipo de aprendiz que o amor do Cristo constrange, na feliz expressão de Paulo. Vergasta-o a luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo.
Para o mundo, será inadaptado e louco.
Para Jesus, é o vaso das bênçãos.
A flor é uma linda promessa, onde se encontre.
O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje.
Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bem-aventurados sejam os seguidores do Cristo que suam e padecem, dia a dia, para que seus irmãos se reconfortem e se alimentem no Senhor!"
("Fonte Viva", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)