sexta-feira, 31 de março de 2017

"NA SEARA DO AMOR"

"Não gastes o tempo no exame dos erros alheios, porque o criminoso responderá pelo tempo usado negativamente.
       Não apontes os espinhos da estrada, demorando-te à distância deles.
       Não argumentes com malfeitores, convencido da própria segurança.
       Não duvides do poder da oração.
       Não arregimentes adversários para a paz da consciência, porque o ódio é incêndio destruidor.
       Não esperes pela fortuna para o enriquecimento do bem, porque  moeda insignificante aplicada na beneficência é mais valiosa do que qualquer fortuna morta em cofres invioláveis.
       Não reclames, para a satisfação pessoal, os excessos que podem atender a múltiplas necessidades dos outros.
       Não ajudes sem a contribuição estimulante da alegria.
       Não uses o conhecimento da verdade para exibição vulgar ou para afligir os companheiros.
       Não menosprezes o tesouro dos minutos. A Eternidade é feita de segundos.
       Não reivindiques afetos ou aplausos para a vaidade, mesmo que todos exaltem a excelência do teu labor.
       Não ministres programas ásperos e rígidos sem que possas selar as palavras com a ação bem desenvolvida.
       Não desrespeites o suor alheio, granjeado na luta e na dor.
       Não reclames referências especiais.
       Não exibas, mesmo discretamente, os teus feitos, porque qualquer bom pregão perde o valor quando nasce no interessado.
       Não exijas a presença dos amigos onde não te levaram os pés.
       Não dês entrada ao mal na residência da tua alma.
       Não abras os ouvidos ao vozerio da maledicência.
       Não valorizes o mal a ponto de duvidar da vitória final e certa do bem, vivido por Jesus, o Mestre e Senhor."
(“Messe de Amor”, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)

quinta-feira, 30 de março de 2017

"INFORMAÇÃO PLENIFICADORA"

"O teu esforço pelo esclarecimento e equilíbrio das consciências humanas deve prosseguir sem desfalecimento.
       Muitas ocorrências e sucessos inditosos que tomam corpo e se assenhoreiam das criaturas resultam da ignorância da vida espiritual.
       Há muito desconhecimento das verdades espíritas.
       Existem os que se negam a ouvir, a ler, a informar-se sobre a sobrevivência da alma à morte física, perturbados pela teimosia ou polo cepticismo pertinaz.
       Predomina a massa das pessoas que parecem conhecer as linhas básicas da fé imortalista, porém somente parecem...
       Ouviram falar e acomodaram-se.
       Aceitaram notícias e não foram além.
       Adaptaram-se às conveniências religiosas, sem maior esforço.
       Umas pensam, ainda atadas às superstições e ao sobrenatural, receosas, afastando-se da técnica libertadora.
       Outras supõem-se suficientemente esclarecidas e guardam distância.
       A grande maioria nada conhece, senão, aquilo que não corresponde aos fatos, vinculadas às opiniões perniciosas e aos conceitos de acusação sem fundamento.
       Faz muita falta o discernimento espiritual correto, que  mensagem espírita proporciona.
***
       A informação espírita é de alta importância para a vida.
       Quem a teme, desconhece-a.
       Quem a desconsidera, antes de tê-la, está com hipertrofia da razão. Quem a conhece e não a usa, encontra-se enfermo.
       O esclarecimento, que decorre da informação espírita, é luz que espanca as sombras da ignorância, apontando as retas estradas para vence com equilíbrio e segurança.
       Muita gente movimenta-se na fé religiosa, todavia, sem rumo certo, nem segurança no passo.
       Propõe-lhe a orientação espírita.
       Multidões inteiras vinculam-se a correntes religiosas sem emoção e sem confiança.
       Fala-lhes da fé espírita raciocinada.
       Os que se obstinam contra, são candidatos em potencial.
       Os que a ridicularizam, necessitam-na com urgência, ora evadindo-se de assumi-la por preconceito vão ou pura imaturidade intelectual e emocional.
***
       Evoca os que se negaram ao Cristo.
       Pilatos, que não teve coragem de defendê-Lo da fúria farisaica, enlouqueceu de remorso.
       Gaio Cassius, que O trespassou com uma lança, na cruz, seguiu-O depois, renascido espiritualmente sob o nome de Longinus.
       Saulo, que O detestava, apaixonou-se e deu-se até a morte,ressuscitado inteiramente como Paulo.
       Não cesses de trazê-Lo ao mundo de hoje, mediante a informação plenificadora do Espiritismo."
(“Otimismo”, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)

quarta-feira, 29 de março de 2017

"PERTO DE NÓS"










"Ama o lugar em que a Divina Providência te situa.
Distribui simpatia e bondade para com todos aqueles que te desfrutam a convivência.
Aproveita as tuas oportunidades de trabalho.
Na Terra, chega sempre um instante no qual reconhecemos que os afetos mais queridos e as situações mais valiosas estiveram sempre perto de nós."

("Livro de Respostas", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)


terça-feira, 28 de março de 2017

"ASSASSINATO DE CINCO CRIANÇAS - PROBLEMA MORAL"




      " Lemos na Gazette de Silésie:

“A 29 de outubro de 1857 escreveram-nos de Bolkenham que um crime apavorante acabara de ser cometido por um garoto de doze anos. Domingo último, dia 25, três filhos do Sr. Hubner, ferreiro, e dois do Sr. Fritche, sapateiro, brincavam no jardim deste último. O jovem H..., conhecido por seu mau caráter, a eles se reuniu e os convenceu a entrarem num baú que estava guardado numa casinha, no jardim, e que era utilizado pelo sapateiro para levar as suas mercadorias à feira. As cinco crianças dificilmente nele podiam caber, mas, aos risos, se apinharam no baú, uns sobre os outros. Assim que entraram, o monstro fechou o baú, sentou-se sobre ele e ficou durante três quartos de hora a escutar, primeiro os seus gritos, depois os seus gemidos.
Quando finalmente cessaram os seus estertores e que ele as julgou mortas, abriu o baú. As crianças ainda respiravam. Tornou a fechá-lo, aferrolhou-o e foi empinar papagaio. Mas ao sair do jardim foi visto por uma menina. Compreende-se a ansiedade dos pais quando constataram o desaparecimento das crianças e o seu desespero quando, depois de longa procura, as encontraram no baú. Uma das crianças ainda vivia, mas não tardou a expirar. Denunciado pela menina que o vira sair do jardim, o jovem H... confessou seu crime com o maior sangue-frio e sem manifestar o menor arrependimento. As cinco vítimas, um garoto e quatro meninas de quatro a nove anos, foram hoje sepultadas.”

OBSERVAÇÃO: O Espírito interrogado é o da irmã do médium, que desencarnou há doze anos e sempre mostrou superioridade como Espírito.

1. Você ouviu a leitura que acabamos de fazer, do assassinato de cinco crianças, na Silésia, por outra de doze anos?
─ Sim, minha pena ainda exige que escute as abominações da Terra.

2. Que motivos teriam impelido um menino daquela idade a cometer uma ação tão atroz e com tamanho sangue-frio?
─ A maldade não tem idade. Ela é natural numa criança e raciocinada no homem adulto.

3. Sua existência numa criança, sem raciocínio, não denotará a encarnação de um Espírito muito inferior?
─ Ela vem diretamente da perversidade do coração: é o seu próprio Espírito que o domina e o impele à perversidade.

4. Qual poderia ter sido a existência anterior de tal Espírito?
─ Horrível.

5. Em sua anterior existência, pertenceria ele à Terra ou a um mundo ainda inferior?
─ Não sei o bastante, mas deveria pertencer a um mundo bem mais atrasado que a Terra. Ele ousou vir para a Terra. Será duplamente punido.

6. Nessa idade teria o menino suficiente consciência do crime que cometeu? Caber-lhe-á responsabilidade como Espírito?
─ Ele tinha a idade da consciência. Isto basta.

7. De vez que esse Espírito ousou vir à Terra, para ele muito elevada, pode ser constrangido a regressar a um mundo em relação com a sua natureza?
─ Sua punição é justamente retrogradar; é o próprio inferno. Eis a punição de Lúcifer, do homem espiritual que se rebaixou ao nível da matéria; é o véu que doravante lhe oculta os dons de Deus e sua divina proteção. Esforçai-vos, pois, na reconquista desses bens perdidos e tereis reconquistado o paraíso que o Cristo veio abrir para vós. É a presunção, o orgulho do homem que queria conquistar aquilo que só Deus podia ter.

OBSERVAÇÃO: Uma observação é feita a propósito do verbo ousar, empregado pelo Espírito. Citam-se exemplos de Espíritos que se acharam em mundos para eles muito elevados e que foram obrigados a regressar a um outro mais em harmonia com sua própria natureza. A tal respeito alguém fez notar ter sido dito que os Espíritos não podem retrogradar. A isto respondemos que, realmente, os Espíritos não podem retrogradar, no sentido de que não é possível perder aquilo que foi adquirido em conhecimento e em moralidade; podem, entretanto, decair em posição. Um homem que usurpa uma posição superior à que lhe conferem sua capacidade e sua fortuna pode ser constrangido a abandoná-la e voltar à sua posição natural. Ora, não é a isto que se pode chamar decair, pois que ele apenas volta à sua esfera, de onde havia saído por ambição e por orgulho. O mesmo se dá em relação aos Espíritos que querem subir muito rapidamente para mundos onde se acharão deslocados.
Espíritos superiores também podem encarnar em mundos inferiores, onde vão cumprir missões de progresso. A isto não se pode chamar de retrogradação, pois é apenas devotamento.

8. Em que é a Terra superior ao mundo ao qual pertencia o Espírito de quem acabamos de falar?
─ Ali há uma fraca ideia de justiça. É um começo de progresso.

9. Depreende-se disto que em mundos inferiores à Terra não há nenhuma ideia de justiça?
─ Não. Os homens ali vivem apenas para si e não têm por móvel senão a satisfação de suas paixões e de seus instintos.

10. Qual será a posição desse Espírito numa nova existência?
─ Se o arrependimento vier a apagar, senão totalmente, pelo menos em parte, a enormidade de suas faltas, então ficará na Terra; se, ao contrário, persistir no que chamais de impenitência final, irá para um lugar onde o homem se encontra no nível dos animais.

11. Então pode ele encontrar na Terra os meios de expiar a sua falta, sem ser obrigado a regressar a um mundo inferior?
─ Aos olhos de Deus, o arrependimento é sagrado, porque é o homem que a si mesmo se julga, o que é raro no vosso planeta."

("Revista Espírita", Outubro de 1858)

segunda-feira, 27 de março de 2017

"EMERGÊNCIA"

 "Perfeitamente discerníveis as situações em que resvalamos, imprevidentemente, para o domínio da perturbação e da sombra.
       Enumeremos algumas delas com as quais renteamos claramente, com o perigo da obsessão:
       cabeça desocupada;
       mãos improdutivas;
       palavra irreverente;
       conversa inútil;
       queixa constante;
       opinião desrespeitosa;
       tempo indisciplinado;
       atitude insincera;
       observação pessimista;
       gesto impaciente;
       conduta agressiva;
       comportamento descaridoso;
       apego demasiado;
       decisão facciosa;
       comodismo exagerado.
       Sempre que nós, os lidadores encarnados e desencarnados com serviço na renovação espiritual, nos reconhecermos em semelhantes fronteiras do processo obsessivo, proclamemos o estado de emergência no mundo íntimo e defendamo-nos contra o desequilíbrio, recorrendo à profilaxia da prece."

(“Estude e Viva”, Emmanuel/ Francisco Cândido Xavier)

domingo, 5 de março de 2017

"A DECISÃO SÁBIA"

"Em tempos recuados, existiu um rei pode­roso e bom, que se fizera notado pela sabedoria.
Convidado a verificar, solenemente, a inven­ção de um súdito, cuja cabeça era um prodígio na matemática, compareceu em trajes de honra à festa em que o novo aparelho seria apresen­tado.
O calculista, orgulhoso, mostrou a obra que havia criado pacientemente. Tratava-se de largo tabuleiro forrado de veludo negro, cercado de pequenas cavidades, sustentando regular coleção de bolas de madeira colorida. Acionadas por longos tacos de marfim, essas bolas rolavam na direção das cavidades naturais, dando ensejo a um jogo de grande interesse pela expectação que provocava.
Revestiu-se a festa de brilho indisfarçável.
Contendores variados disputaram partidas de vulto.
Dia inteiro, grande massa popular rodeou o invento, comendo e bebericando.
O próprio monarca seguiu a alegria geral, dando mostras de evidente satisfação. Serviu-se, ao almoço, junto às grandes bandejas de carne, pão e frutos, em companhia dos amigos, e aplau­dia, contente, quando esse ou aquele participante do novo e inocente jogo conseguia posição inve­jável perante os companheiros.
À tardinha, encerrada a curiosidade geral, o inventor aguardou o parecer do soberano, com inexcedível orgulho. Aglomerou-se o povo, igual­mente, a fim de ouvi-lo.
Não se cansava o público de admirar o jogo efetuado, através de cálculos divertidos.
Despedindo-se, o rei levantou-se, fêz-se visto de todos e falou ao vassalo inteligente:
— Genial matemático: a autoridade de mi­nha coroa determina que sua obra de raciocínio seja premiada com cem peças de ouro que os cofres reais levarão ao seu crédito, ainda hoje, em homenagem à sua paciência e habilidade. Essa remuneração, todavia, não lhe visa sômente o valor pessoal, mas também certos benefícios que a sua máquina vem trazer a muitos homens e mulheres de meu reino, menos afeitos às vir­tudes construtivas que todos devemos respeitar neste mundo. Enquanto jogarem suas bolas de madeira, possivelmente muitos indivíduos, cujos instintos criminosos ainda se acham adormeci­dos, se desviarão do delito provável e muitos caçadores ociosos deixarão em paz os animais amigos de nossas florestas.
O monarca fêz comprida pausa e a multidão prorrompeu em aplausos delirantes.
Via-se o inventor cercado de abraços, quan­do o soberano recomeçou:
- Devo acrescentar, porém, que a sabedoria de meu cetro ordena que o senhor seja punido com cinquenta dias de prisão forçada, a fim de que aprenda a utilizar sua capacidade intelectual em benefício de todos. A inteligência humana é uma luz cuja claridade deve ser consagrada à cooperação com o Supremo Senhor, na Terra. Sua invenção não melhora o campo, nem cria trabalho sério; não ajuda as sementes, nem ampara os animais; não protege fontes, nem conserva estradas; não colabora com a educação, nem serve aos ideais do bem. Além disto, arrasta centenas de pessoas, qual se verificou neste dia, conosco, a perderem valioso tempo na expecta­tiva inútil. Volte aos seus abençoados afazeres mentais, mesmo no cárcere, e dedique sua inte­ligência a criação de serviço e utilidades em proveito de todos, porque, se o meu poder o recompensa, a minha experiência o corrige.
Quando o rei concluiu e desceu da tribuna, o inventor se fizera muito pálido, o povo não bateu palmas; entretanto, toda gente aprendeu, na decisão sábia do grande soberano, que nin­guém deve menosprezar os tesouros da inteli­gência e do tempo sobre a Terra."
("Alvorada Cristã",  Neio Lúcio/Francisco Cândido Xavier)

sábado, 4 de março de 2017

"CRISTO EM CASA"

"Contrapondo-se à onda crescente da loucura que irrompe avassaladora de tõda parte, e domina, penetrando os lares e os destroçando, o Evangelho de Jesus, hoje como no passado, abre larga faixa para a esperança, facultando a visão de um futuro promissor onde os desassossegos do coração não terão ensejo de medrar.
A par da lascívia e do moderno comércio do erotismo, que consomem as mais elevadas aspirações humanas na Indústria da devassidão, as se-mentes luminosas da Boa Nova, plantadas na intimidade do conjunto familiar, desdobram-se em embriões de amor que enriquecem os espíritos de paz, recuperando os homens portadores das enfermidades espirituais de longo curso e medicando-os com as dádivas da saúde.
Enquanto campeia a caça desassisada aos estupefacientes e barbitúricos a os narcóticos e aos excessos do sexo em desalinho, a mensagem do Reino de Deus cada semana, na família, representa placebo valioso que consegue recompor das distonias psíquicas aquêles que jazem anestesiados sob o jugo de forças ultrizes e vingadoras de existências pretéritas.
Há mais enfermos no mundo do que se supõe que existam. Isto porque, no reduto familiar raramente fecundam a conversação edificante, o entendimento fraterno, a tolerância geral, o amor desinteressado... Vinculados por compromissos vigorosos para a própria evolução, os espíritos reencarnam-se no mesmo grupo cromossomático, endividados entre si, para o necessário reajustamento, trazendo nos refolhos da memória espiritual as recordações traumáticas e as lembranças nefastas, deixando-se arrastar, invariàvelmente, a complexos processos de obsessão recíproca, graças ao ódio mantido, às animosidades conservadas e nutridas com as altas contribuições da rebeldia e da violência.
Em razão disso, o desrespeito grassa, a revolta se instala, a indiferença insiste e a aversão assoma...
A família, em tais circunstâncias, se transforma em palco de tragédias sucessivas, quando não se faz aduana de traições e desídias...
Estimulando os desajustes que se encontram inatos nos grupos da consangüinidade, a hodierna técnica da comunicação malsã tem conspirado poderosamente contra a paz do lar e a felicidade dos homens.
*
Cristo, porém, quando se adentra pelo portal do lar, modifica a paisagem espiritual do recinto.
As cargas de vibrações deletérias, os miasmas da intolerância, os tóxicos nauseantes da ira, as palavras azedas vão rareando, ao suave-doce contágio do Seu amor e se modificam as expressões da desarmonia e do desconfôrto, produzindo natural condição de entendimento, de alegria, de refazimento.
Cristo no lar significa comunhão da esperança com o amor.
A Sua presença produz sinais evidentes de paz, e aquêles que antes experimentavam repulsa pelo ajuntamento doméstico descobrem sintomas de identificação, necessidade de auxílio mútuo.
Com Jesus em casa acendem-se as claridades para o futuro, a iluminar as sombras que campeiam desde agora.
*
Abre o "livro da vida" e medita nos "ditos do Senhor" pelo menos uma vez na semana, entre aquêles que vivem contigo em conúbio familiar. Mergulha a mente nas suas lições, embriaga o espírito na esperança, sorve a água lustral da "fonte viva" generosa e abundante, esquece os painéis tumultuados que são habituais e marcha na direção da alegria.
Se não consegues a companhia dos que te repartem a consangüinidade para tal ministério, não desfaleças. Faze-o, assim mesmo.
Se assomam óbices inesperados não descoroçoes, insistindo, ainda assim. Se surprêsas infelizes conspiram à hora do teu encontro semanal com Ele, não desesperes e retoma as tentativas, perseverando...
Quando Cristo penetra a alma do discípulo, refá-la, quando visita a família em prece, sustenta-a.
Faze do teu lar um santuário onde se possa aspirar o aroma da felicidade e fruir o néctar da paz.
*
Sob o dossel das estrêlas, no passado, o Senhor, enquanto conosco, instaurou nos lares humildes dos discípulos o convívio da prece, da palestra edificante, inaugurando a era da convivência pacífica, da discussão produtiva, do intercâmbio com o Mundo Excelso...
Abrindo-lhe o lar uma vez que seja, em cada sete dias, experimentarás com Ele a inexcedível ventura de aprender a amar para bem servir e crescer para a liberdade que nos alçará além e acima das próprias limitações, integrando-nos na família universal em nome do Amor de Nosso Pai.
*
"Senhor, não sou digno de que entres em minha casa". (Mateus: capítulo 8º, versículo 8.)
"Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a adverti-los, O mundo está abalado em seus fundamentos; reboard o trovão. Sêde firmes!" (Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 1º - Item 10.)"
("Florações Evangélicas", Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)

quinta-feira, 2 de março de 2017

"NOTA DE PAZ"

        "Ouviste oradores inflamados, advogando a causa da paz sobre toneladas de pólvora e anotaste a presença de supostos vanguardeiros do progresso, solicitando-a sobre montões de ruínas.
         Esperam-na, fomentando a desordem e falam dela portando rifles.
          No plano maior, os poderosos alinham bombas e os fracos acumulam desesperos.
          Talvez, por isso, em plano menor, muitos adotaram fórmula idêntica. Em sociedade, acreditam que a astúcia vale mais que a honestidade e, no campo individual, aceitam o egoísmo à feição de senhor.
          Afirmam-se cultores da harmonia, concorrendo às maratonas da discórdia, refere-se à indulgência, disputando o campeonato da crítica, aconselham bondade, acentuando a técnica de ferir e reporta-se ao mundo, regurgitando pessimismo, como quem segue adiante a engulhos de enxurrada e veneno.
          E a equação de todos esses desatinos será sempre a guerra... Guerra de princípios, guerra de interesses, guerra fria superlotando manicômios, guerra quente esparzindo a morte.
          Sabes, porém, com a Doutrina Espírita, que a consciência carrega consigo, onde esteja, o fruto das próprias obras.
          Não incensarás, desse modo, o delírio dos que apregoam a concórdia, incentivando o dissídio, a rebelião, a injúria e o desânimo.
          Trabalharás, infatigavelmente, pelo bem de todos, aperfeiçoando a ti mesmo e sabendo que caminhas em penhor de tua própria imortalidade, para a exaltação da vida eterna, com a paz verdadeira começando de ti."

"Ideal Espírita", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 1 de março de 2017

"ESTE DIA"

"Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.
Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na 
alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação permanente.
Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com 
segurança.
Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.
Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado em seu pensamento, agora é  o momento de começar a realizá-lo.
Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante de promovê-la.
Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora 
em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.
Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você chegou o tempo de 
atendê-las.
Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer 
isso.
Este dia é um presente de Deus, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele."

("Respostas da Vida", André Luiz/André Luiz/Francisco Cândido Xavier)